
"É preciso uma auditoria [...] 20% de aumento da mortalidade infantil tem que deixar todo um país em estado de sítio", considerou hoje a cabeça de lista do ADN por Lisboa, Joana Amaral Dias, em declarações à Lusa, no final de uma ação de campanha em Lisboa, junto à Maternidade Alfredo da Costa.
Para Joana Amaral Dias, que estava acompanhada pelo presidente do ADN, Bruno Fialho, e por alguns apoiantes, "o fecho das urgências, a diminuição dos centros de saúde e o aumento das grávidas estrangeiras, são três causas que estão provavelmente na origem" do aumento da mortalidade infantil.
"A mortalidade tem vindo a aumentar, a natalidade tem vindo a baixar, isto é o caminho da extinção dos portugueses", acrescentou.
A candidata afirmou ainda que os políticos estão no "sentido errado", criticando o primeiro-ministro, e líder do PSD, Luís Montenegro, por colocar a atual ministra da Saúde como candidata a deputada.
O ADN contempla no seu programa às legislativas de 18 de maio um alargamento do subsistema de saúde dos funcionários públicos, ADSE, a todos os portugueses, justificando que a medida "fará com que fique disponível em todo o país uma rede gigante, capilar, de serviços de saúde".
"É alargar de uma forma voluntária a todas as pessoas, ou seja, não podemos continuar a permitir que existam cidadãos de primeira e cidadãos de segunda, ou seja, cidadãos que, como os funcionários públicos, têm acesso à ADSE e cidadãos de segunda, que são todos os outros, que não têm", disse Joana Amaral Dias.
O Correio da Manhã noticiou que a taxa de mortalidade infantil em Portugal subiu 20% em 2024, ano marcado por vários serviços de urgências de ginecologia e obstetrícia encerrados.
Nas legislativas de 2024 o ADN alcançou 1,58% da votação o que se traduz em 102.132 votos, o que garantiu ao partido um financiamento, por parte da Assembleia da República, superior a 340 mil euros.
AJR // SF
Lusa/fim
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