
"Pelo segundo ano consecutivo, somos considerados o país mais livre; neste mundo conturbado em que as democracias sofrem ataques e corrosão, é bom que Cabo Verde se mantenha em destaque", disse Ulisses Correia e Silva em declarações à Lusa e RTP, à margem da sua participação na Conferência Empresarial sobre Oportunidades de Negócio, que decorre no âmbito da Bolsa de Turismo de Lisboa.
"Estamos a posicionar Cabo Verde como país de democracia, de boa governação, baixa corrupção, esses é que são os nossos ouros e diamantes, é assim que nos distinguimos no conselho das nações, e há que proteger, cuidar e aprimorar esses valores que são muito importantes para o desenvolvimento", acrescentou o chefe do governo cabo-verdiano.
Cabo Verde, em primeiro, e São Tomé e Príncipe, em terceiro, estão entre os países mais bem classificados em África no respeito pelos direitos políticos e liberdades civis, surgindo Angola como "não livre", no relatório divulgado na quarta-feira pela Freedom House.
As Maurícias são o segundo país mais bem classificado de África, de acordo com a 51.ª edição anual do relatório "Freedom in the World" ("Liberdade no Mundo"), hoje lançado pelo 'think tank' (grupo de reflexão) sedeado em Washington, que no caso do continente africano destaca o declínio da liberdade pelo décimo ano consecutivo.
"A liberdade em África diminuiu pelo décimo ano consecutivo em 2023, devido a conflitos armados, golpes militares e irregularidades eleitorais", considera a Freedom House.
A Freedom House destaca que, de um modo geral, a liberdade em África diminuiu, uma vez que 14 países registaram uma diminuição da pontuação contra cinco que registaram melhorias.
O relatório inclui pontuações (0 a 100) e relatórios nacionais pormenorizados sobre os direitos políticos e as liberdades civis de 195 países e 15 territórios em todo o mundo.
MBA (EL) // ANP
Lusa/fim
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