"As ações de capacitação institucional que temos vindo a implementar estão a ser determinantes para a polícia e o Sernic [Serviço Nacional de Investigação Criminal] reforçarem cada vez mais as suas ações preventivas e de combate a diferentes tipos de crimes tais como raptos, assassinatos, tráfico de seres humanos, roubos, drogas, entre outros", referiu.

Maleiane falava no discurso final da sessão de perguntas dos deputados ao Governo que começou na quarta-feira.

O primeiro-ministro detalhou que já foram selecionados os agentes que vão trabalhar na unidade que vai combater os raptos e que tem sido anunciada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.

"A primeira fase, já finalizada", da criação da unidade de combate aos raptos, "consistiu na seleção dos agentes" e a etapa seguinte será a especialização do efetivo e contará com o apoio dos parceiros de cooperação, prosseguiu.

De acordo com o primeiro-ministro, a terceira fase "foi concebida para decorrer em paralelo com as outras fases e consiste na mobilização do equipamento técnico consentâneo, para dotar a unidade de maior capacidade operativa".

Adriano Maleiane assinalou na quarta-feira que a futura entidade deve estar à altura dos desafios operativos e investigativos impostos pelos raptos.

Enquanto decorre o processo para a institucionalização da unidade especializada, brigadas operativas específicas da Polícia da República de Moçambique (PRM) e do Sernic estão empenhadas na luta contra aquele tipo de delitos. 

O primeiro-ministro avançou que, desde 2021, o país registou 28 casos de rapto, dos quais "15 casos foram totalmente esclarecidos, representando um nível de desempenho na ordem de 56,6%".

Em relação aos casos pendentes, as autoridades vão continuar as investigações, contando, para o efeito, com a cooperação internacional, declarou.

 

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