"O projeto tem como meta registar 90 mil pessoas e, deste grupo, 70 mil são deslocados internos e 20 mil membros das comunidades acolhedoras", indica uma nota oficial distribuída hoje à comunicação social.

A iniciativa, que vai decorrer até setembro do próximo ano, é promovida pelo Ministério da Justiça e Assuntos Constitucionais, com apoio da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

"Prover o acesso documental vital para prosseguir ou reiniciar a vida de pessoas vítimas do conflito e calamidades naturais é um direito humano fundamental", frisou a chefe de missão da OIM em Moçambique, Laura Tomm-Bonde, citada no documento.

O norte de Moçambique, especificamente a província de Cabo Delgado, enfrenta uma insurgência armada há cinco anos, mas também tem sido alvo nos últimos anos de ciclones, havendo o registo de milhares de deslocados.

Em cinco anos, só devido ao conflito armado na região, há pelo menos um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.

EYAC // JH

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