"O selvagem regime sionista e o seu primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu] (...) estão a cometer estes crimes", disse Mohammad-Bagher Ghalibaf à imprensa, perante os escombros.

"As organizações internacionais e o Conselho de Segurança da ONU têm capacidade [para travar Israel], mas infelizmente mantêm-se em silêncio", acrescentou o responsável iraniano que estava acompanhado por dois deputados do Hezbollah.

Segundo uma fonte próxima do Hezbollah, o ataque, que fez pelo menos 22 mortos, teve como alvo o chefe do setor de segurança do movimento xiita libanês, Wafic Safa, cujo destino é ainda desconhecido.

O ataque de quinta-feira foi o mais mortal no centro da capital libanesa desde o início da guerra aberta, em 23 de setembro, entre Israel e o Hezbollah.

Ghalibaf reuniu-se ainda com o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, de acordo com a assessoria de imprensa do líder libanês.

Durante a entrevista, o primeiro-ministro sublinhou que "a prioridade do governo é trabalhar para um cessar-fogo", segundo a mesma fonte.

Ghalibaf deverá também reunir-se com o seu homólogo libanês, Nabih Berri, que lidera o movimento xiita Amal, aliado do Hezbollah, antes de viajar para Genebra.

A visita do presidente do Parlamento a Beirute acontece após a viagem ao país do chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, que aconteceu em 04 de outubro.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro libanês apelou à ONU para que adote uma resolução para um "cessar-fogo imediato" nos combates entre Israel e o Hezbollah.

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