
"Isto é um bocado como o futebol, há centenas, milhares de treinadores, mas só há um treinador com responsabilidade de gerir, de escolher e de fazer melhores opções, que é o primeiro-ministro, e nós fazemo-lo com toda a tranquilidade, não em função da reação daquilo que alguns dirão, seja com que formato, seja com que membro do Governo for, nós estamos aqui focados para fazer um bom trabalho", disse o chefe do Governo.
Ulisses Correia e Silva falava à imprensa, na cidade da Praia, após a posse de novos ministros, depois de um reajuste no elenco governamental, com a saída de Arlindo do Rosário (presente na cerimónia) da Saúde para ser novo embaixador de Cabo Verde na China.
Com a saída de Arlindo do Rosário, o cargo vai ser assumido por Filomena Gonçalves, até agora ministra da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, pasta que vai ser tutelada por Janine Lélis, acumulando com a Defesa Nacional e Coesão Territorial.
Com estas alterações, o Governo de Cabo Verde, suportado politicamente pelo Movimento para a Democracia (MpD), conta com menos um ministro (sem contar com o primeiro-ministro), passando de 17 para 16, e continua com os nove secretários de Estado.
Entretanto, o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) tem exigido a redução do elenco governativo, como forma de poupar nas despesas de funcionamento, do que diz ser um "Governo gordo", face à crise económica que o país atravessa.
Durante o ato, presidido pelo Presidente da República, foi ainda empossado Evandro Monteiro como secretário de Estado-adjunto agora da ministra da Saúde, cargo que já vinha exercendo.
Nas declarações à imprensa, o primeiro-ministro disse que espera que os membros do Governo continuem a fazer "um bom trabalho", agora nas novas funções.
"Até porque são ministras que já estavam no Governo, agora com novas responsabilidades (...) desejar os maiores sucessos, já conhecem a casa, portanto, a adaptação vai ser fácil, o secretário de Estado a mesma coisa", perspetivou.
Esta é a segunda mudança no Governo da X legislatura, que começou em maio de 2021, após demissão em novembro do mesmo ano de Paulo Veiga do cargo de ministro do Mar, pasta que passou a ser assumida por Abraão Vicente, acumulando com a Cultura e Indústrias Criativas.
O elenco governativo empossado em 20 de maio de 2021 cresceu para um recorde de 28 membros em relação à IX legislatura, entre primeiro-ministro, 18 ministros (incluindo um vice-primeiro e dois ministros de Estado) e nove secretários de Estado, sofrendo mais uma redução ao nível do total de ministros, tendo agora 26 membros.
RIPE // JH
Lusa/Fim
Comentários