(João Caupers, novo presidente do Tribunal Constitucional, manifestou-se, em 2010, contra a "promoção" da homossexualidade. Mais contexto aqui.)
Num escritório:
- Homossexualidade, pode chegar ali ao meu gabinete? Precisava de falar consigo urgentemente.
- Sem problema, chefe. Passa-se alguma coisa?
- Não, não, Homossexualidade, nada de especial. Queria só que falássemos em privado da sua situação dentro da empresa.
- Com certeza. Fecho a porta?
- Encoste, só. Ora bem, Homossexualidade. A Homossexualidade já trabalha connosco há quanto tempo?
- Ui, chefe. Nem consigo precisar. Desde o início.
- Desde o início? Olhe, nem eu diria. É que as pessoas têm ideia de que a Homossexualidade é nova cá.
- Não, não. Sempre estive por cá. Talvez não me fizesse notar, não sei...
- Pois bem, Homossexualidade. Como é que a Homossexualidade vê o seu papel nesta empresa?
- Ora bem, chefe... já passei por momentos difíceis, mas estamos sempre a exigir mais.
- Sim, mas em termos de importância. A Homossexualidade sente-se valorizada? Acha que merecia mais, aqui dentro?
- É assim, chefe. Vamos pôr as coisas desta forma: não quero nem mais, nem menos do que os outros.
- Pronto, era o que eu temia.
- Como assim?
- A Homossexualidade quer uma promoção.
- Não estou a perceber.
- A Homossexualidade chega aqui e exige-me uma promoção, sem mais nem menos.
- Não foi nada disso que eu disse, aliás até…
- É disto que as pessoas se queixam. A Homossexualidade só quer é protagonismo.
- Chefe, parece-me de uma extrema injustiça dizer…
- A Homossexualidade casou-se aqui há uns anos, não foi?
- Sim… em 2010.
- Pronto, e está em vias de adotar uma criança, não é verdade?
- É uma hipótese, sim. Acho que qualquer casal tem o direito de considerá-lo. Mas não estou a ver o que é que isso…
- Aí está, casa-se e vai ter filhos, mas não quer uma promoção, é isso que me está a dizer?
- Ter o mesmo que os outros não significa…
- O que é que a Homossexualidade acha do lobby gay?
- Desculpe?
- O lobby gay.
- Não sei do que está a falar.
- Ah, agora não conhece.
- Será um bar?
- Sabe perfeitamente que os lobbies não são bem vistos aqui na empresa. Já nos bastam os sindicatos.
- Como o chefe quiser.
- Que fique aqui claro que eu não vou promover a Homossexualidade.
- Eu não lhe pedi nada, chefe.
- O que lhe tenho a dizer é que mais rapidamente promoveria o seu colega Vegetarianismo do que a si.
- Faça o favor.
- Sabe que já tem muita sorte que esta empresa aceite uma minoria como a Homossexualidade.
- Desculpe lá, chefe, mas tudo isto me está a parecer um bocadinho intolerável.
- O quê? Está despedida! Não queremos intolerantes nesta firma.
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