07:00 – Acorda.
07:05 – Reza. Pede a Jesus para não converter mais pretos à cristandade.
08:01 – Toma o pequeno-almoço.
09:00 – Leva os netos ao colégio alemão. Recorda o Terceiro Reich com o contínuo Hans.
09:25 – Encontra a empregada da vizinha, que lhe diz que não é preta, é atlântica.
10:12 – Uma cigana lê-lhe a sina. Diz que vai continuar a ser uma historiadora genial para sempre.
11:41 – Escreve nova crónica: “E isto das gajas votarem? Sensato?”
12:43 – Almoço com o seu amigo Eugénio. É um amigo imaginário com tendências eugénicas.
13:22 – Encontra a empregada da outra vizinha, que lhe diz que não é preta, é índica.
13:49 – Faz uma máquina de brancos.
14:12 – Ouve Gipsy Kings.
15:02 – Sesta.
16:31 – Lanche com os netos.
16:37 – Encontra a empregada da outra vizinha, que lhe diz que não é preta, é pacífica.
17:42 – Lanche com o Neto de Moura.
18:17 – Apanha o autocarro para casa. Recusa sentar-se na parte de trás do veículo porque está lá um mulato. É a Rosa Parks ao contrário.
19:01 – Encontra a empregada da outra vizinha, que lhe diz que não é preta, é antárctica.
19:20 – Escreve nova crónica: “Brasileirada? Tudo galdérias”.
20:01 – Janta moamba.
20:45 – Vê Chernobyl na HBO.
21:45 – Escreve nova crónica: “Ucranianos? Nem de uma central nuclear sabem tratar, quanto mais do meu caderno de encargos”.
22:10 – Vê no YouTube compilações de Camacho Costa a fazer de cigano nos Malucos do Riso.
22:19 – Adormece ao som do podcast de Jordan Peterson.
02:12 – Sonha com noite quente com Ricardo Quaresma e Bonga.
03:45 – Não consegue dormir mais. Insónia.
04:01 – Sai de casa de robe.
04:23 – Noite de morna no B.leza.
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