O Amor está em ti.

Querido Daniel, não me conheces, mas penso em ti quase todos os dias.

Desde há muitos anos que te cruzaste na minha vida da forma mais bonita que possas imaginar. É difícil imaginar algo mais bonito do que aquilo que fazes, não é? Mas existe: o impacto que tem no meu coração tudo o que fazes por mim (nós).

Mudaste a vida de tanta gente... a tua simplicidade, a tua doçura, a tua genialidade, a tua fragilidade conquistou-me desde o primeiro dia que te ouvi.

Li sobre ti, fui quase obcecado, vi todos os teus desenhos, todos os teus vídeos no YouTube, todas as tuas entrevistas, os documentários sobre ti... E sonhei em ver-te, frente a frente, e dizer-te o quanto és importante para mim.

Perdi uma oportunidade de te ver no Porto, no dia 31 de maio de 2013. Imagino que tenha sido lindo, como sempre.

O tempo foi passando e andava eu perdido nos meus pensamentos quando decidi fazer um disco sozinho. Estava em pânico porque não sabia se o conseguia fazer. Mas fui andando e sempre a lembrar-me de ti. E, não por acaso, ao conversar com o meu amigo Henrique Amaro, ele sugeriu: "Porque não lhe chamas 'O Amor Encontra-te no Fim'". Adorei o nome, remetia-me a uma música tua. Mais uma vez, a tua maneira doce e simples de dizer as coisas fez-me todo o sentido naquele momento e deu-me tantas respostas que nem imaginas. O amor sempre aparece, não é? Foste tu que me ensinaste.

Nunca te vou esquecer.

do teu fã.

Fred.


Daniel Johnston, nome de proa da música de cariz independente e do-it-yourself morreu esta quarta-feira, aos 58 anos. Em maio deste ano, por ocasião da edição de "O Amor Encontra-te no Fim", o SAPO24 falou com Fred Pinto Ferreira sobre o disco e sobre Daniel Johnston. Recorde aqui.