Há festa em Lisboa, e cortes de trânsito também

Raquel Almeida
Raquel Almeida

Os Santos Populares já se instalaram em Lisboa desde o início do mês, mas a noite mais importante é hoje, de 12 para 13 de junho. O cheiro a sardinha invade as ruas, onde também há festa, arraial e concertos. Como surgiram as festividades, e como é que afetam o trânsito da capital?

A história por trás das festividades

As festividades do Santo António em Lisboa realizavam-se duas vezes por ano, e os membros da família real costumavam visitar a igreja na véspera do dia de festa e presentear o povo com várias oferendas. Já no dia da festa, as celebrações contavam com fogo-de-artifício, e tourada no Rossio ou Terreiro do Paço.

As festas incluíam os arraiais, que ainda são celebrados, mas de forma diferente, fogueiras e cortejos. Os Tronos de Santo António costumavam adornar as janelas e soleiras das portas de Lisboa, e as marchas foram integradas no programa das Festas de Lisboa, dois anos depois de surgirem para promover o Parque Mayer. Acabaram por se tornar, com o passar dos anos, num dos pontos altos dos festejos.

Santo António era conhecido como um excelente conciliador de casais, e ficou popularmente conhecido como um "Santo casamenteiro". Hoje em dia, os Casamentos de Santo António são uma tradição que já faz parte da identidade cultural da cidade.

Os condicionamentos no trânsito

O policiamento foi reforçado durante as festas populares de Lisboa e o trânsito condicionado em algumas artérias da cidade na noite desta segunda-feira. Além de vários cortes de trânsito, nomeadamente na Avenida da Liberdade, a partir das 18:00, para se realizar o habitual desfile das marchas populares, o acesso ao centro da cidade de Lisboa e aos espaços dos arraiais também foi anunciado que seria condicionado de forma a “permitir a circulação de pessoas nos diversos locais de festividades e diversão”.

Os condicionamentos no trânsito coincidem com a retoma da circulação do metropolitano de Lisboa, com comboios de seis carruagens na linha Verde, entre o Campo Grande e o Cais do Sodré, e com quatro carruagens na linha Amarela, entre Odivelas e Campo Grande. A empresa já havia adiantado ontem, em comunicado, a antecipação para segunda-feira da circulação dos comboios nestas linhas.

“Trata-se de duas medidas já anteriormente enunciadas e que têm como principal objetivo mitigar os transtornos causados aos clientes com as obras que se encontram a decorrer na estação do Campo Grande, sendo que a normal circulação nas linhas Amarela e Verde será retomada às 06:30 do dia 8 de julho de 2023”, acrescentou.

*Pesquisa e texto pela jornalista estagiária Raquel Almeida. Edição pelo jornalista Manuel Ribeiro

*Com Lusa 

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