A Comissão de Trabalhadores e a administração da Autoeuropa chegaram hoje a um pré-acordo sobre os horários de trabalho, que deverá ser sufragado pelos trabalhadores durante a próxima semana, disse hoje à agência Lusa fonte das negociações.
O presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), Tomás Moreira, disse hoje que "na indústria automóvel não pode haver greves" e garantiu estar "confiante" numa "solução" para a situação da Autoeuropa.
O novo coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, Fernando Gonçalves, afirmou-se convicto de que a administração da Autoeuropa apresente uma nova proposta de horários de trabalho logo que se reiniciem as negociações entre as duas partes.
A produção na fábrica da Autoeuropa, em Palmela, registou uma subida de 29,6% em setembro, na comparação com igual mês de 2016, para 9.003 viaturas, e entre janeiro e setembro aumentou 6,3% (68.299), segundo a ACAP.
O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) disse hoje que a entidade está a acompanhar a situação na Autoeuropa e que tem uma "perspetiva positiva" de que haverá "uma convergência entre as partes".
A lista E, liderada por Fernando Gonçalves, ganhou hoje as eleições para a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, tendo assegurado quatro eleitos num universos de 11 lugares, disse à agência Lusa fonte sindical.
Seis listas apresentaram candidatura à Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, sendo uma da UGT, outra da CGTP e quatro independentes, disse hoje à Lusa o presidente demissionário, Fernando Sequeira.
O secretário-geral da CGTP defendeu hoje que a greve na Autoeuropa mostrou que a fábrica de Palmela “não vive acima da lei” e recusou comentar aquilo que considerou ser “declarações sem crédito” do líder da UGT sobre o assunto.
A fábrica da Autoeuropa, em Palmela, produziu 6.241 automóveis em agosto, aproximadamente 18 vezes mais (+1.683,1%) do que no mesmo mês de 2016, segundo a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP).
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, acusou hoje o sindicato da CGTP que marcou a greve na Autoeuropa de "enorme irresponsabilidade" e sublinhou que o diálogo e a negociação devem ser o caminho a seguir na empresa.
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse no parlamento que o Governo “não se deve envolver diretamente” no conflito laboral existente na fábrica da Autoeuropa, mas assegurou acompanhamento das negociações na empresa em Palmela.
O presidente executivo da marca Volkswagen (VW) espera uma solução em outubro para o conflito laboral existente na fábrica da Autoeuropa e afasta a hipótese de transferir a produção do novo modelo T-Roc de Palmela.
A administração da Autoeuropa está a tentar reduzir o número de sábados que cada trabalhador terá de fazer para cumprir os níveis de produção previstos para o novo veículo T-Roc, disse hoje à agência Lusa fonte sindical.
O coordenador do Sitesul - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul afirmou hoje que a reunião com a administração da Autoeuropa realizada hoje "foi muito produtiva".
A deputada do PSD Teresa Leal Coelho responsabilizou hoje PCP e BE pela "forçada luta pelos direitos adquiridos" na Autoeuropa que, alertou, "no pior cenário, pode levar ao encerramento a prazo da fábrica".
A administração da Autoeuropa recebe hoje os sindicatos naquela que é a primeira reunião depois da greve de 30 de agosto contra o trabalho ao sábado, a primeira por razões laborais na fábrica de automóveis de Palmela, distrito de Setúbal.
Os sindicatos vão para a reunião de quinta-feira com a administração da Autoeuropa com "boa expectativa" e confiantes de que será possível negociar um acordo sobre o diferendo em relação ao trabalho ao sábado, revelou hoje fonte sindical.
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse este domingo à Lusa que o Governo tem "estado em contacto" com as duas partes no impasse que vigora na Autoeuropa, informando ter-se também reunido com o presidente executivo (CEO) da Volkswagen.
A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou este domingo, em Lisboa, que a luta dos trabalhadores da Autoeuropa é uma luta que os portugueses compreendem ser essencial, porque se trata do direito de conciliar o trabalho com vida familiar.
A secretária-geral adjunta do PS afirmou hoje em Palmela que está "chocada" com situação na Autoeuropa, que levou à realização de uma greve na passada quarta-feira, considerando que existe uma "guerra partidária" naquela empresa.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou hoje ser "uma parvoíce" as acusações da direita de que o conflito na Autoeuropa resulta de uma partidarização, recordando que a greve foi por vontade própria dos trabalhadores.
O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares mostrou-se hoje convicto de que as negociações na Autoeuropa "vão correr bem" e será possível um acordo, pedindo serenidade e respeito pelas duas partes que estão a defender a sua posição.
O PS de Setúbal criticou hoje as "tentativas de instrumentalização política" dos trabalhadores da Autoeuropa, que podem colocar em causa o futuro da fábrica de automóveis de Palmela.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que a estabilidade na Autoeuropa é importante para a produção de um novo veículo, defendendo que a empresa é “da maior importância” para o crescimento económico do país.