O ex-banqueiro Ricardo Salgado assegurou no interrogatório perante o Ministério Público, em 2015, que nunca foi avisado para consolidar as contas da ESI, a holding que controlava a área financeira e não financeira do Grupo Espírito Santo (GES).
A defesa de Ricardo Salgado considerou hoje que o ex-presidente do BES "não está em condições de contradizer" as declarações prestadas em 2015 e que não será nenhum curador que resolverá a questão.
Depois das dificuldades do áudio do depoimento de Ricardo Salgado em 2025, trocou-se pelo vídeo do DCIAP, onde o arguido começou por dizer que o Grupo Espírito Santo nunca teve dificuldades em obter capitais.
Miguel Coutinho, que representa o BES em liquidação diz que o que é importante agora é perceber "quem fez, como, quando e que consequências isso irá ter"
O tribunal rejeitou o pedido da defesa de Ricardo Salgado para extinguir ou suspender o processo criminal contra o ex-presidente do Banco Espírito Santo devido ao diagnóstico de Alzheimer, alegando que este mantém os direitos de defesa.
A queda do BES em agosto de 2014 chocou o país, abalou a alta finança e as contas públicas, com repercussões internacionais e deu início a uma longa batalha judicial, que só agora começa a julgar o processo principal.
O início do julgamento do processo BES/GES foi adiado de 28 de maio para 18 de junho, devido a atrasos na notificação de um dos arguidos, adiantou hoje o Conselho Superior da Magistratura (CSM).
O advogado José Miguel Júdice disse hoje em tribunal ter revisto o acordo do ex-governante Manuel Pinho para a cessação de funções executivas no BES e admitiu que a questão da reforma aos 55 anos gerou alguma tensão.
O Tribunal da Concorrência condenou hoje o ex-presidente do BES a uma coima de 950.000 euros, baixando em 50.000 euros o valor aplicado pela CMVM no caso do prospeto do aumento de capital de maio de 2014.
O suíço Jean-Luc Schneider, que desempenhou diversos cargos em sociedades do Grupo Espírito Santo (GES), admitiu hoje em tribunal que a existência de transferências sem um contrato assinado “não era surpresa” com o ex-presidente do GES, Ricardo Salgado.
A candidata presidencial Ana Gomes disse hoje temer que megaprocessos como os do BES e da Operação Marquês terminem como o dos submarinos, em que considerou que se "trabalhou para a prescrição".
O PS defendeu hoje que era “ideal” que a justiça “condenasse” os responsáveis pelos “crimes cometidos” no caso BES “num tempo inferior” ao que o Ministério Público (MP) necessitou para deduzir a acusação.
O PCP defendeu hoje que a acusação no caso BES não apaga a necessidade de apurar responsabilidades políticas, sem afastar a possibilidade de um novo inquérito parlamentar sobre “a continuação do buraco sem fundo” no Novo Banco.
O CDS disse hoje esperar que não sejam precisos mais seis anos, o mesmo tempo que demorou a acusação, para que o processo sobre o Banco Espírito Santo (BES) e o Grupo Espírito Santo (GES) chegue a julgamento.
O porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), André Silva, congratulou-se hoje com a dedução da acusação no caso BES, mas criticou a demora no processo, considerando que sem celeridade "não pode haver justiça justa".
O PSD defendeu hoje, a propósito do processo judicial ao BES/GES, que a justiça só é verdadeiramente justa quando é célere, considerando que a dedução da acusação tem de ser encarada como “a normalidade do funcionamento da justiça”.
O Ministério Público constituiu 11 arguidos, nove pessoas singulares e duas coletivas, na sequência de investigações relacionadas com o chamado “Universo Espírito Santo”, esclareceu hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR) em comunicado.