Vários incêndios devastaram milhares de hectares de plantações e vegetação em regiões francesas na quinta-feira, devido ao efeito combinado de ondas de calor e secas, anunciaram hoje autoridades locais e bombeiros.
O Governo publicou hoje um despacho que estabelece um mecanismo de apoio para a compra e entrega de alimentação para as colónias de abelhas dos municípios de Mação, Vila de Rei e Sertã devastadas pelos incêndios.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, defendeu hoje que "a responsabilidade central" do combate a incêndios "é do Estado", mas também "cabem responsabilidades, aos vários níveis, a todos".
O vereador da Proteção Civil de Alijó disse hoje que estão a ser feitas faixas de contenção junto à área ardida, com uma máquina de rasto, para travar possíveis reacendimentos e proteger uma importante zona de pinhal do concelho.
O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Ribalonga queimou "entre 500 a 600 hectares" de mato e pinhal nos concelhos de Alijó e Murça, disse o segundo comandante distrital de operações de socorro de Vila Real.
O comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Vila Real, Álvaro Ribeiro, disse hoje que o incêndio está dominado do lado de Alijó, mantendo-se como “preocupação principal” a frente que lavra do lado de Murça.
O ministro da Administração Interna ordenou hoje a abertura de um inquérito sobre um "incidente" envolvendo elementos da GNR e da Força Especial de Bombeiros da Proteção Civil, no incêndio no distrito de Castelo Branco, disse fonte do ministério.
O presidente do PSD, Rui Rio, criticou hoje o Governo, liderado pelo socialista António Costa, por "alijar responsabilidades no combate aos incêndios, tentando culpar os presidentes de câmara, particularmente o de Mação".
A Proteção Civil indicou hoje que os presidentes das câmaras municipais podem ativar os antigos Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil quando os da “geração mais recente” ainda não tenham sido aprovados.
O incêndio que deflagrou em Ribalonga, Alijó, está a queimar “com alguma intensidade” empurrado pelo “vento forte” que está a dificultar o combate “às diversas frentes”, disse o comandante operacional distrital de Vila Real (CODIS).
Duas pessoas ficaram feridas, uma delas com queimaduras de primeiro e segundo grau, no incêndio que deflagrou hoje em Alijó, revelou à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Vila Real.
Na Praia Fluvial de Cardigos, quase que não se percebe que o incêndio consumiu grande parte da floresta de Mação. Num dos poucos pontos que resistiu às chamas, há quem vá a banhos, numa tentativa de regresso à normalidade.
Ou era a vida ou eram os tratores, pensou Fernando, de 77 anos, quando já via o lume a comer-lhe a roupa. A tentar salvar um barracão numa aldeia de Mação, apenas teve tempo de fugir, descalço e de cuecas, para casa.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, considerou hoje "fundamental" a aposta em instrumentos de videovigilância para "aumentar a capacidade de apoio à decisão" e o combate aos incêndios rurais.
O presidente da Câmara de Mação lamentou hoje que o ministro da Administração Interna o tenha "atacado pessoalmente", em vez de "expressar solidariedade a um concelho que teve 95% da área florestal ardida nos últimos dois anos".
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, considerou hoje que o combate ao incêndio de Vila de Rei e de Mação foi "bem feito" e que ocorreu "uma articulação extremamente qualificada" dos meios no terreno.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve um suspeito de fogo florestal que mobilizou um meio aéreo, ocorrido na terça-feira, na zona do Marão, em Amarante, anunciou hoje aquela força policial.
O presidente da Câmara de Vila de Rei fez hoje um balanço provisório da destruição causada pelo incêndio e disse que, no concelho, arderam cerca de 3.700 hectares, sobretudo de floresta, além de algumas habitações, alfaias agrícolas, olivais e medronhal.
O incêndio nos concelhos de Vila de Rei e Mação consumiu mais de 9.500 hectares de florestais, cerca de metade da área ardida deste ano, segundo o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais (EFFIS).
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu hoje um “aviso à população” para o agravamento do risco de incêndio rural na quarta e quinta-feira devido à subida da temperatura.
Os incêndios são uma constante para as pessoas do distrito de Castelo Branco, mas, a cada ano, parecem mais intensos e mais extremos. Em Vila de Rei, fala-se do eucalipto, das terras abandonadas, mas também de um clima em mudança.
A Associação de Municípios apelou hoje à serenidade e solidariedade de todos, desde autarcas ou bombeiros a governantes ou proteção civil, para que todas as energias sejam direcionadas para as operações de socorro suscitadas pelos incêndios.
O ministro da Administração Interna afirmou hoje que houve um “cumprimento rigoroso” das orientações estratégicas definidas pelo modelo de combate aos incêndios rurais que atribui a prioridade absoluta à salvaguarda da vida humana e das populações.
Os tês helicópteros pesados Kamov alugados pelo Estado para o combate aos incêndios florestais vão operar a partir dos centros de meios aéreos de Vila Real, Ferreira do Zêzere e Loulé, avançou hoje à Lusa a Proteção Civil.