A adesão à greve dos médicos relativa ao turno das 00:00 às 08:00 de hoje terá sido de 100%, adiantou à agência Lusa o presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha.
Os sindicatos médicos acreditam que a greve de 10 e 11 de maio vai ter uma “enorme adesão” e apelam aos utentes para que apenas compareçam nos serviços de saúde em casos agudos ou de urgência.
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse hoje em Coimbra estar "convencido" de que um acordo com os sindicatos dos médicos, que marcaram greve nacional para 10 e 11 de maio, venha a ser possível.
Centenas de jovens médicos ficarão sem acesso a uma especialidade em 2018, uma realidade que se agrava a cada ano, estima a Ordem dos Médicos, que exige ao Governo medidas de planeamento para evitar esta situação.
A Ordem dos Médicos denunciou hoje que há uma grande carência de aceleradores lineares na região Centro, referindo ainda que um dos três equipamentos de radioterapia dos Hospitais de Coimbra está sem funcionar por falta de licença do ministério.
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, assegurou hoje que o pagamento das horas extraordinárias a 75% aos médicos terá efeitos retroativos a 1 de abril.
Um em cada cinco médicos de família recebem todas as semanas pedidos de baixas médicas desnecessárias e 8% confessam que acabam por ceder aos doentes, mesmo sem motivos clínicos, revela um estudo hoje divulgado.
O Governo comprometeu-se com os sindicatos médicos a repor 25% das horas extraordinárias a partir de abril a todos os profissionais de saúde e a negociar para que a reposição total ocorra até ao fim do ano.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, revelou hoje que em 2016 cerca de 600 os médicos pediram "passaportes" para emigrar, um crescimento de 30% em relação ao ano anterior.
Os elevados níveis de exaustão dos médicos podem vir a tornar-se um problema de saúde pública, alertou hoje a Ordem dos Médicos, avisando que o esforço exigido aos clínicos é enorme e pode aumentar os erros cometidos.
O Serviço Nacional de Saúde aumentou o recurso a médicos “em fase de formação na especialidade”, e que transitam depois para o setor privado, degradando a situação de profissionais e utentes, indica um estudo a divulgar em dezembro.
Até ao mês de julho deste ano, tinham pedido para emigrar cerca de 100 médicos, menos de um quarto do que os que emigraram nos dois anos anteriores, revelou hoje o ministro da Saúde.
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou hoje que o Governo tem “aberto caminho” para uma nova abordagem de incentivos que dá aos médicos a possibilidade de encararem o seu futuro profissional fora dos grandes centros.