Salas de espera com doentes sem saberem se iam ter consulta ou realizar exames marcados há vários meses, devido à greve na função pública, marcavam hoje o ambiente no Hospital de São José, em Lisboa.
A greve dos médicos da região Sul e ilhas, que decorre hoje, teve uma "adesão expressiva", anunciaram os sindicatos, referindo que o objetivo é "acordar o ministro da Saúde" para a necessidade de chegar a um entendimento.
Os médicos da região sul e das Regiões Autónomas estão em greve desde as 00:00 de hoje, num dia de paralisação regional que já decorreu no norte e que antecede um dia de greve nacional, prevista para 8 de novembro.
Os sindicatos médicos decidiram hoje suspender a greve de quarta-feira prevista para a região Centro do país devido aos incêndios que atingem aquela zona, disse à Lusa fonte sindical.
O Ministério Público da Comarca dos Açores informou que dois médicos estão entre os seis arguidos hoje constituídos, por suspeita de corrupção e associação criminosa no Serviço Regional de Saúde.
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, afirmou que a greve que decorreu hoje na região Norte teve uma adesão de 90% nos hospitais e de 80 a 85% nos centros de saúde.
Hoje é a vez de estarem em greve os médicos do norte e na próxima semana paralisam os da região centro. Na semana seguinte a greve acontece na zona sul e em novembro haverá um dia de greve nacional.
O ministro da Saúde garantiu hoje, em Mafra, que a greve dos médicos da região norte do país prevista para quarta-feira "não condiciona" as negociações que a tutela tem em curso com os sindicatos representativos destes profissionais.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) mantém o aviso de greve, agendada para 11 de outubro, e acusa o Governo de "empurrar" os profissionais para esta forma de luta, disse hoje, no Funchal, o secretário-geral da instituição.
Os sindicatos dos médicos acusaram hoje o Ministério da Justiça de provocação, ao cancelaram uma reunião dedicada aos profissionais de Medicina Legal sem avisar todas as estruturas sindicais, usando um argumento que apelidam de “disparatado”.
A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve anunciou hoje a contratação de 24 médicos para reforçar os cuidados de saúde primários da região, permitindo atribuir médico de família a mais de 45 mil utentes.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, afirmou hoje à Lusa que acredita num entendimento entre os médicos e o Ministério da Saúde, apelando ao ministro para que "chegue a um entendimento" com os sindicatos.
O primeiro-ministro, António Costa, declarou hoje que seria "excelente" chegar a um acordo com os médicos mas assinalou que "as greves fazem parte da vida democrática".
Os sindicatos médicos classificaram hoje como "perda de tempo" a reunião com o Governo, que levou à convocação de greves em outubro e novembro, mas acreditam numa solução que impeça as paralisações.
O Ministério da Saúde mantém a esperança de conseguir negociar com os sindicatos médicos afim de evitar uma nova greve já anunciada, uma vez que há apenas dois pontos de discordância nas negociações.
O ministro da Saúde, Campos Fernandes, disse hoje, em Bruxelas, estar “muito mais perto” de um acordo com os médicos, garantindo que duas das reivindicações destes profissionais estão “praticamente” atendidas.
Greves rotativas pelo país, uma paralisação nacional e uma concentração em Lisboa são algumas das formas de luta que os médicos ponderam para a segunda semana de outubro, revelou à Lusa fonte da Federação Nacional de Médicos (FNAM).
A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS) anunciou hoje que vai colocar mais 36 especialistas em Medicina Geral e Familiar, colmatando algumas falhas ainda existentes e reforçando as equipas nos locais de maior procura.
A Ordem dos Médicos vai realizar nas próximas semanas três reuniões gerais de médicos para fazer um ponto de situação das negociações com o Governo e analisar as deficiências do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os sindicatos médicos reafirmaram hoje a intenção de fazer uma nova greve nacional após as eleições autárquicas caso o Governo se mantenha sem apresentar contrapropostas às reivindicações sindicais.
Os médicos estão disponíveis para assumir as funções dos enfermeiros de saúde materna e obstetrícia em protesto e apelam aos hospitais para reforçarem os obstetras.
A associação que representa os médicos de família repudiou a abertura de apenas 29 vagas no topo da carreira médica para a medicina geral e familiar, considerando que o Governo mostra um “clamoroso desinvestimento” nos cuidados de saúde primários.