Nações Unidas, 13 abr 2022 (Lusa) - As Nações Unidas alertaram hoje que a guerra na Ucrânia está a ter um impacto "global e sistémico", deixando 1,7 mil milhões de pessoas "altamente expostas" a interrupções nos sistemas de alimentação, energia e finanças.
O secretário-geral da ONU exigiu esta segunda-feira "contenção máxima" às forças israelitas, que mataram pelo menos quatro palestinianos nas últimas 24 horas, manifestando-se também "horrorizado" pelo número de vítimas, incluindo mulheres e crianças, na atual escalada de violência.
A ONU pediu hoje que doadores internacionais se comprometam "rapidamente" a desembolsar cerca de 80 milhões de dólares para financiar operações de emergência num petroleiro abandonado na costa do Iémen e evitar uma maré negra no mar Vermelho.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) exigiu hoje acesso à cidade ucraniana de Mariupol para prestar auxílio humanitário à população cercada por tropas russas, condenando ao mesmo tempo os quase 100 ataques a instalações de saúde na Ucrânia.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, recordou hoje o genocídio no Ruanda, considerando que o seu início, faz hoje 28 anos, "não foi nem acidente nem inevitável".
As Nações Unidas alertaram hoje para o aumento das demonstrações de ódio e violência nos Balcãs Ocidentais na sequência do conflito na Ucrânia, indicou a conselheira especial da ONU para a Prevenção do Genocídio, Alice Wairimu Nderitu.
O secretário-geral das Nações Unidas falou hoje em possíveis "crimes de guerra" na cidade ucraniana de Bucha e exortou o Conselho de Segurança "a fazer tudo o que estiver ao seu alcance" para travar o conflito.
Um corte de metade das emissões globais de gases com efeito de estufa até 2030 é possível, defenderam hoje os cientistas do painel das Nações Unidas sobre alterações climáticas, salientando que é preciso agir já.
A Organização das Nações Unidas (ONU) nomeou hoje o juiz norueguês Erik Mose, que integrou vários tribunais internacionais, para liderar uma investigação sobre violações dos direitos humanos na Ucrânia desde o início da invasão russa.
As Forças Armadas russas utilizaram em pelo menos 24 ocasiões bombas de fragmentação, proibidas pela lei internacional, contra áreas povoadas na Ucrânia desde o início da invasão, denunciou hoje a Alta-comissária da ONU para os Diretos Humanos.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) visitou hoje a central nuclear de Konstantinovka, no sul da Ucrânia, para disponibilizar "assistência técnica" no contexto da guerra, num país com um enorme parque nuclear.
Diplomatas de países ocidentais responsabilizaram hoje a Rússia, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, por uma "crise alimentar" global, devido à invasão da Ucrânia, com o embaixador russo a responder com acusações de "hipocrisia" ocidental.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu hoje que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) da organização, que se encontra na Ucrânia, tenha "acesso seguro e irrestrito a todas as instalações nucleares".
A invasão russa da Ucrânia já provocou pelo menos 1.179 mortos e 1.860 feridos entre a população civil, a maioria dos quais vítimas de armamento explosivo de grande impacto, indicou hoje a ONU.
A ONU contabiliza hoje 3,77 milhões de refugiados da Ucrânia desde o início da invasão russa, mais 46 mil do que na sexta-feira, o que representa um abrandamento face ao início da semana.
A invasão russa da Ucrânia já provocou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 são crianças, e 1.594 feridos entre a população civil, incluindo 108 menores, indicou hoje a ONU.
Mais de 3,6 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde a invasão russa, anunciou hoje a ONU, acrescentando que, entre os que saíram do país e os deslocados internos, o número ascende a 10 milhões de pessoas.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu hoje uma reforma profunda das Nações Unidas por não ter mecanismos que pudessem ter impedido a Rússia de invadir a Ucrânia.
Mais de 3,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde a invasão da Rússia, cerca de 60% das quais foram recebidas pela vizinha Polónia, anunciou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
O enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas para o Oceano, Peter Thomson, disse hoje à Lusa que 2022 será um "ano decisivo" para os Oceanos e que a Conferência que decorrerá em Lisboa será crucial.
O embaixador brasileiro na ONU afirmou hoje à Lusa que as recentes denúncias feitas pela Rússia, de que a Ucrânia possui armas biológicas no seu território, devem ser "investigadas de forma séria e imparcial" e não descartadas.