Os diretores das escolas públicas querem que a Direção-Geral da Saúde emita para os estabelecimentos de ensino uma circular para tranquilizar os ânimos relativamente às vacinas dos alunos, sobretudo por causa do sarampo.
A jovem de 17 anos com sarampo internada nos cuidados intensivos do hospital Dona Estefânia, em Lisboa, encontra-se ventilada, sob sedação e o seu estado clínico é instável.
Pelo menos 14 países europeus têm registado surtos de sarampo desde o início deste ano, com a Roménia a liderar o número de casos, com mais de quatro mil doentes em seis meses, desde meados de 2016.
O número de casos de sarampo em Portugal ultrapassou, nos primeiros quatro meses deste ano, os da última década, segundo dados de vários relatórios da Direção-geral da Saúde (DGS).
O pediatra Mário Cordeiro lamenta a negligência dos pais que não vacinam os seus filhos, considerando que deviam ser responsabilizados pelas consequências dos seus atos, apesar de reconhecer que é difícil instituir a obrigação de vacinar.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou hoje para a necessidade de os pais vacinarem os filhos “sem hesitação” e revelou que desde janeiro foram notificados 23 casos de sarampo em Portugal.
Uma adolescente de 17 anos foi transferida do hospital de Cascais, onde existem mais cinco casos de sarampo, para o Hospital da Estefânia, devido ao agravamento do seu estado de saúde. A 27 de março, foi registado o primeiro caso, quando uma criança de 13 meses infetou cinco funcionárias.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu oficialmente a eliminação do sarampo e da rubéola em Portugal, mas o diretor-geral da Saúde alerta para a importância de se manter a vacinação contra estas doenças.