A missão é encabeçada pela empresa suíça ClearSpace mas nela participam companhias da Alemanha, Suécia, Polónia, Reino Unido, Roménia, República Checa e as portuguesas Critical Software e Demios, com um valor total de 100 milhões de euros.
O objetivo, a cumprir em 2025, é ir ao espaço orbital e trazer para baixo uma peça de forma cónica com 112 quilos e o tamanho de um pequeno satélite (dois metros de diâmetro e 1,6 metros de altura), apenas um de cerca de 28 mil detritos deixados em volta da Terra após milhares de lançamentos espaciais.
Um veículo controlado remotamente a partir da Terra será lançado e guiado até chegar ao Vespa, que ficou em órbita depois do lançamento de um foguetão Veja em 2013 entre 664 e 801 quilómetros de altitude.
Depois, com a ajuda de quatro braços robóticos, o veículo intercetor agarrará o detrito e, usando a sua propulsão, descerá de forma controlada, levando a que ambos se desintegrem inofensivamente na atmosfera.
O problema do lixo espacial na órbita terrestre é reconhecido pela Agência Espacial Europeia como uma ameaça crescente que pode destruir um satélite ou outro veículo espacial em caso de uma colisão.
“Em 2019, os satélites operados pela agência tiveram que ser manobrados para se desviarem de detritos 21 vezes, o que já aconteceu 12 vezes este ano”, segundo um comunicado.
Mesmo que nunca mais houvesse nenhum lançamento espacial, o lixo espacial continuaria a crescer devido a colisões que criariam ainda mais detritos.
No futuro, a Agência espera que a tecnologia deste tipo de missões venha a evoluir para permitir eliminar vários detritos diferentes de uma vez sem ter que se destruir também o veículo intercetor.
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