Num documento entregue no mês passado à agência reguladora do mercado de ações Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, ao departamento de Justiça e à agência Federal Trade Comission (FTC), Pete Zatko indicou "erros graves e grosseiros, desconhecimento deliberado e ameaças à segurança nacional e à democracia", segundo o texto divulgado pela imprensa.
Numa nota à AFP, o Twitter classificou a denúncia como "um amontoado de incoerências e imprecisões" e garantiu que a proteção de dados é uma das suas prioridades.
A empresa denunciou também o oportunismo de Zatko que tenta "prejudicar o Twitter, os seus clientes e os seus acionistas". Indicou ainda que o antigo chefe de segurança foi demitido em janeiro por "falta de liderança e mau desempenho".
O denunciante mencionou servidores obsoletos, programas vulneráveis a ataques cibernéticos e executivos que tentam esconder dos acionistas e autoridades americanas as tentativas de pirataria. Também indicou que o Twitter privilegia o aumento da quantidade de usuário em vez de combater spams ( mensagens não desejadas) e robôs.
As contas falsas estão no centro de uma batalha legal entre o Twitter e o magnata Elon Musk que acusa a empresa de minimizar a proporção de contas falsas e spam, estimada em 5% pela plataforma.
Com este argumento, Musk tenta justificar o abandono do seu plano de comprar o Twitter por 44 mil milhões de dólares no início de julho e evitar o pagamento da multa pela rescisão do acordo.
A comissão de inteligência do Senado quer se reunir com Zatko para discutir as acusações, segundo o The Washington Post e a CNN.
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