“É um modelo que tem demonstrado sucesso a nível mundial e que traz às empresas que se iniciam um parceiro financeiro, que traz capital para o desenvolvimento da empresa, mas que traz essencialmente conhecimento, contactos e experiência de gestão, para apoiar as empresas numa primeira fase”, adiantou o vice-presidente do Governo Regional, Sérgio Ávila.
O governante falava, em declarações aos jornalistas, em Angra do Heroísmo, à margem da apresentação da linha de financiamento, que terá verbas do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e será gerida pela Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), sociedade financeira detida pelo Estado português.
O concurso público de seleção dos investidores que terão acesso à linha de financiamento abre no dia 15 de abril e a lista dos escolhidos será divulgada em junho.
Os ‘business angels’ escolherão depois pequenas e médias empresas nos Açores, sujeitas à aprovação da IFD, para investir não apenas os fundos públicos da linha de financiamento, mas pelo menos 15% de fundos próprios.
“Vamos abrir uma linha de financiamento para ‘business angels’, com uma dotação de um milhão de euros. Essa linha vai selecionar e financiar as entidades veículo das ‘business angels’ e essas entidades vão receber o máximo de 325 mil euros de financiamento público”, avançou Frederico Serras Gago, da IFD.
Segundo Sérgio Ávila, mais do que a injeção de capital nas novas empresas, esta medida pretende dar mais conhecimento e contactos aos empreendedores açorianos.
“No fundo, estamos a captar para os Açores aqueles que são os principais ‘business angels’ que estão em Portugal, para que possam apoiar empresas açorianas no início da sua atividade, trazer capital, mas também trazer essencialmente conhecimento e experiência a essas empresas açorianas que iniciam agora a sua atividade”, frisou.
Esta é a primeira linha de financiamento de ‘business angels’ destinada exclusivamente a empresas dos Açores, mas este modelo de investimento já deu bons resultados no continente português, segundo Frederico Serras Gago.
“No continente, esta linha tem tido um bom desempenho em termos de execução. Estamos a falar de uma linha que teve duas fases, uma primeira fase que foi lançada há cerca de um ano e meio e que tem uma boa execução”, salientou.
A IFD financia atualmente 64 ‘business angels’, empresários, pessoas ligadas à incubação de empresas e professores universitários, entre outros, que adquirem parte de empresas em fase inicial (preferencialmente menos de 25%), vendendo-a posteriormente numa fase de crescimento.
“Já temos dois ‘business angels’ do continente interessados em participar. Obviamente que a linha é aberta também a ‘business angels’ dos Açores”, revelou Frederico Serras Gago.
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