De acordo com notícia da Reuters, o projeto do “Instagram para crianças” (Instagram Kids, em inglês) serviço de partilha de fotos do Facebook Inc, foi adiado na sequência de várias críticas por parte de legisladores e grupos de defesa dos EUA, que pediram à empresa que desistisse do projeto, alegando que o Instagram não assumiu “compromissos significativos para proteger as crianças online”.
"Não vamos parar de pressionar o Facebook até que eles desliguem permanentemente a ficha", disse Josh Golin, diretor executivo da Fairplay.
A contestação sobre a aplicação para crianças aumentou depois de uma investigação do Wall Street Journal ter revelado que a empresa tinha conhecimento, através de um estudo interno, que o Instagram tinha um efeito prejudicial nos adolescentes, principalmente na saúde mental, e que o Facebook tinha feito esforços mínimos para abordar a questão.
O Instagram comunicou, porém, que o desenvolvimento do Instagram Kids é a "coisa certa a fazer", mas que estava a "pausar" o trabalho e que continuaria a "desenvolver as ferramentas de supervisão parental". A empresa refere que vai usar "este tempo para trabalhar com pais, especialistas e legisladores", para garantir que consegue obedecer a todas as preocupações existentes para o lançamento do projeto e para "demonstrar o valor e a necessidade deste produto".
"Iniciámos este projecto para abordar um problema importante visto em toda a nossa indústria: as crianças estão a receber telefones cada vez mais novos, apresentando erroneamente a sua idade, e a descarregar aplicações que se destinam a pessoas com 13 anos ou mais", refere a empresa, justificando que acreditam que "é melhor para os pais ter a opção de dar aos seus filhos acesso a uma versão do Instagram concebida para eles - onde os pais podem supervisionar e controlar a sua experiência - do que confiar na capacidade de uma aplicação para verificar a idade das crianças demasiado novas para terem uma identificação".
"A nossa intenção não é que esta versão seja a mesma que a Instagram de hoje. Nunca foi desenvolvida para crianças mais novas, mas sim para tweens (com idades compreendidas entre os 10 e os 12 anos). Requererá permissão dos pais para aderir, não terá anúncios, e terá conteúdo e características adequadas à idade", acrescentam.
O Instagram visa ainda a notícia do WSJ sobre as experiências dos adolescentes no Instagram e refere que não concorda com a forma como o jornal relatou a investigação, remetendo para outro comunicado.
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