A Flexcraft é uma aeronave modular e versátil que permite a reconfiguração da cabine para diferentes missões de voo, sejam de cariz comercial, de lazer ou logística, para auxílio ou missões de busca e salvamento.
O projeto foi apresentado ontem no pavilhão Central do Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa. Desenhada para voo autónomo ou semi-assistido, a capacidade de operação em pistas curtas (STOL - Short Take-Off and Landing) permite melhorar o seu desempenho global.
O projeto, desenvolvido ao longo de três anos por um consórcio português que reúne a SETsa (do Grupo Iberomoldes), a Almadesign, a Embraer Portugal SA, o Inegi e o IST, envolveu um investimento de 3.217 milhões de euros e foi financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Em entrevista ao Jornal Económico, José Rui Marcelino, CEO da Almadesign, empresa que detém 10% de investimento neste projeto de I&D, refere que, embora não esteja previsto “a constituição de um produto comercializável”, está pensada uma “aproximação das soluções desenvolvidas a uma futura comercialização ou aplicação em futuros produtos”, acrescenta.
Num comunicado, o presidente da empresa de design industrial, especializada nas áreas dos transportes, adianta ainda que “o projeto Flexcraft permitiu ao consórcio desenvolver capacidades para participar nas novas soluções de mobilidade aérea urbana e suburbana - mais eficiente e sustentável – que têm emergido, de forma exponencial, em todo o mundo”.
Depois de ser apresentado em diversas conferências e feiras internacionais - entre as quais The Future of Transportation, The Electric & Hybrid Aerospace Tecnology Symposium ou o International Paris Air Show -, o projeto Flexcraft concluirá a sua atividade na Aircraft Interiors Expo, em Hamburgo, Alemanha, de 30 de março a 2 de abril.
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