A aplicação, desenvolvida com meios próprios do município com base num sistema de informação geográfica (SIG), que possibilita a georreferenciação de espaços, tem duas versões (umas das quais disponível ao público) e define zonas de intervenção prioritárias, nomeadamente em redor de aldeias e lugares ou relacionadas com habitações isoladas em áreas florestais.

"Ao que sei, somos pioneiros neste tipo de iniciativa", disse à agência Lusa Miguel Pereira, vereador com o pelouro do Gabinete Técnico Florestal da Figueira da Foz.

De acordo com o autarca, a versão pública do sistema, disponível através da página internet do município, permite que qualquer cidadão possa identificar num mapa interativo a sua propriedade - fazendo a pesquisa por freguesia, povoação e rua - e verificar a necessidade de criar faixas de gestão de combustíveis para proteção das habitações e espaços florestais.

Segundo Miguel Pereira, a outra versão do sistema é reservada e apenas acessível, via ‘smartphone' ou ‘tablet', através da georreferenciação, a elementos do Serviço Municipal de Proteção Civil e Gabinete Técnico Florestal, mas também a agentes da PSP e da GNR, 40 dos quais receberam formação para operarem o sistema.

"Permite chegar a um local, tirar uma fotografia e o sistema diz se o terreno está limpo, com a cor verde. Se a cor for amarela, está em processamento e se for vermelha é porque nada ainda foi feito", explicou o vereador.

Para desenvolver a aplicação informática, a autarquia referenciou cerca de 6.500 hectares de zonas de intervenção - cerca de um sexto da área total do concelho, que tem 38 mil hectares - das quais aproximadamente 10% (600 hectares) estão identificadas como pontos críticos e cerca de 150 hectares como de risco máximo.

Na segunda-feira, durante a reunião da autarquia, Miguel Pereira realçou que as sessões promovidas pelo município nas freguesias para divulgar as ações de limpeza florestal e gestão de faixas de combustíveis "estão a decorrer com muita adesão por parte das populações".

"Seremos o concelho que tem mais avançadas as ações de sensibilização, segundo nos foi dito pela GNR Territorial de Coimbra. Temos tido sempre 150 a 200 pessoas [nas sessões], aos dias de semana, fins de semana, domingos depois da missa e aos sábados depois do baile, quase", ilustrou Miguel Pereira.

A aplicação informática desenvolvida pela autarquia da Figueira da Foz é apresentada publicamente na quarta-feira, às 10:30, nos Paços do Concelho.

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