Uma coligação de oito estados americanos, incluindo a Califórnia e Flórida, anunciou esta quarta-feira o início de uma investigação acerca da plataforma TikTok, que acusam de prejudicar crianças, incentivando-as a gastar cada vez mais tempo nas redes sociais.

As autoridades norte-americanas reuniram várias provas e processos contra gigantes da tecnologia, já que o governo não conseguiu avançar com novas regulamentações devido ao impasse partidário.

O grupo de oito estados irá avaliar os danos que o TikTok, plataforma de partilha de pequenos vídeos, pode causar aos utilizadores mais jovens e até que ponto a empresa tem consciência dos possíveis danos, informou o procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, num comunicado citado pela agência France-Presse.

A investigação, entre outras coisas, olha para a forma como a plataforma usa técnicas para atrair a atenção de públicos alvo mais jovens e visa aumentar a frequência e a duração da permanência de menores na rede social.

"Não sabemos o que é que as empresas de média social sabiam acerca desses danos e quando souberam disso", disse Bonta.

"A nossa investigação nacional não nos permitirá obter respostas muito necessárias e determinar se o TikTok está a infringir a lei ao promover a plataforma para jovens californianos", concluiu.

Sendo uma plataforma de vídeos curtos com popularidade entre os internautas mais jovens, o TikTok provocou muita preocupação entre os pais pelo potencial negativo que pode ter no desenvolvimento dos filhos.

A rede social afirmou ver a investigação como uma oportunidade para dar informações sobre esforços que fez para proteger os consumidores.

"Preocupámo-nos profundamente em construir uma experiência que ajude a proteger e apoiar o bem-estar de nossa comunidade", garantiu o TikTok em comunicado.

"Estamos ansiosos para fornecer informações sobre as questões de privacidade e segurança que temos para os adolescentes", acrescentou.

O escrutínio ocorre quando uma outra investigação está em andamento por um grupo de procuradores-gerais contra a Meta, empresa dona do Facebook, acusada de promover o Instagram entre os mais jovens.