A posição da Vodafone surge depois de um problema técnico no arranque da conferência de tecnologias e empreendedorismo, em Lisboa, na segunda-feira, que foi atribuído à operadora de telecomunicações.
"Os problemas técnicos que se verificaram durante a abertura da Web Summit aconteceram quando o seu fundador, Paddy Cosgrave, estava ligado a uma rede 'wifi', tal como é visível no vídeo oficial do evento", disse a Vodafone, num comentário sobre o assunto.
"Esta é uma situação à qual a Vodafone é completamente alheia, na medida em que não é a Vodafone a empresa responsável por fornecer 'wifi' à Web Summit", prosseguiu, acrescentando que, "como resulta igualmente das imagens, uma coisa é a referência à rede Vodafone que surge no ecrã, e que é a identificação da rede móvel em que o telefone está registado, e coisa completamente diferente é a rede 'wifi' que foi utilizada para a tentativa da demo" feita por Paddy Cosgrave.
A operadora de telecomunicações liderada por Mário Vaz diz não conseguir perceber "o porquê da associação desta falha à Vodafone, a qual, embora não sendo o operador do evento, investiu de forma muito expressiva para garantir uma boa experiência a todos os visitantes da Web Summit, como o faz em permanência para os muitos turistas" que visitam o país.
"Aliás, os indicadores de rede durante o evento que estiveram e estarão sobre nossa permanente monitorização demonstraram elevada performance da rede da Vodafone", concluiu a operadora.
A organização da Web Summit tinha esclarecido que a rede de 'wifi' do Meo Arena, em Lisboa, da PT Portugal, tinha funcionado, mas que tinha havido um problema técnico no telemóvel de Paddy Cosgrave.
"A rede de 'wifi' (rede de internet sem fios) da Portugal Telecom no Meo Arena funcionou esta noite como o demonstrou no palco Paddy Cosgrave. Infelizmente, houve um problema técnico com o seu telemóvel quando tentou pela primeira vez fazer a ligação no palco", explicou a organização da Web Summit, numa declaração enviada à agência Lusa.
Na sessão de abertura da 'Web Summit', Cosgrave afirmou que cerca de 3.000 pessoas ficaram à porta do Meo Arena por terem chegado demasiado tarde e, por isso, pediu às 15 mil presentes no recinto que ajudassem na transmissão do evento por telemóvel.
Cosgrave tentou exemplificar um tutorial sobre o 'live streaming' na rede social Facebook, mas o seu telemóvel não respondeu à velocidade exigida num evento de tecnologia, como provou a imagem do equipamento projetada em dois ecrãs gigantes do palco central.
"Vamos tentar mais tarde", disse Cosgrave, enquanto mensagens e contactos seus pessoais apareciam perante milhares de pessoas.
Numa nova subida ao palco, voltou a tentar, sendo desta vez bem sucedido e pedindo um aplauso para a operadora de telecomunicações Portugal Telecom, responsável pela infraestrutura de 'wifi' do Meo Arena, explicando que tinha estado ligado a uma outra rede móvel, que não esta.
"Quero agradecer à Portugal Telecom, peço um forte aplauso. Obrigada Portugal Telecom por fazer funcionar o 'wifi'", afirmou, acrescentando: "Desejo melhor sorte para a Vodafone na próxima vez", desvendando assim o nome da operadora.
Em declarações à agência Lusa, fonte oficial da Portugal Telecom afirmou que "a questão foi alheia à PT" e que "a primeira tentativa de ligação foi feita através de uma rede móvel de outro operador que não o Meo".
"Na segunda tentativa ligando-se a rede de 'wifi' implementada no Meo Arena, o acesso feito foi bem sucedido, tendo conseguido navegar normalmente", disse a mesma fonte.
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