WPP Booster, programa de aceleração que irá decorrer durante seis meses e que conta com o apoio, adaptado a cada projeto, das cerca de 600 mentes criativas que pertencem à WPP portuguesa é a “primeira experiência” do género do grupo na Europa, conforme afirmou Tim Solomon, CEO do grupo (ex-Ogilvy, que substitui Martin Sorrell) durante a conferência de imprensa de apresentação que decorreu na sede da WPP Portugal, na Avenida 24 de julho, em Lisboa.

A intenção “passa por entrar no capital” das "startups mais promissoras”, adiantou ainda, sem no entanto divulgar um teto de valores de investimento ou percentagem de participação nas futuras empresas que estejam disponíveis para essa participação. “Será substancial”, limitou-se a dizer, informando ainda que a WPP, o maior grupo de comunicação e marketing do mundo, tem um fundo de investimento em capital de risco destinado a estes investimentos a nível internacional e em Portugal. A título de curiosidade, a Vice na sua fase inicial beneficiou de uma injeção de capital da WPP, conforme foi confidenciado à margem da conferência de imprensa em jeito de exemplo de participações nas empresas.

“Queremos criar a percepção nos empreendedores que há um grupo que está disponível para abarcar ideias e isso tem um valor por si só e não é só uma questão de receber um prémio no final”, precisou Miguel Fontes, diretor executivo da Startup Lisboa, aproveitando para fazer a distinção deste programa de outros. “Valorizamos nesta parceria conseguir fazer a aproximação entre o mundo de empreendedores ao mundo corporate”, reafirmou.

Destinadas a startups em “ealry stage que requerem mentoria e network”, conforme sublinhou Tim Solomon, a WPP Booster desenvolverá projetos em três categorias: da criatividade, que envolvem as redes sociais e desenvolvimento de conteúdos, media e predictive analytics, em áreas como a estratégia ou visualização/ tratamento de dados, e na tecnologia, em áreas tão emergentes como a realidade virtual ou inteligência artificial.

Funcionará em modelo co-working dentro das instalações da WPP (a Garagem), em Lisboa, numa lógica de benefício recíproco entre o braço português da multinacional da comunicação e os projetos apresentados.

Com a fase de candidaturas a decorrer até 17 de setembro, a Startup Lisboa será responsável pela seleção de “15 projetos para o pitch day” que decorre a 24 de setembro. “Traremos à Garagem empreendedores que pensam modelos de negócio que podem ser úteis ao grupo WPP”, frisou Miguel Fontes que aponta os critérios da “flexibilidade, geometria variável e agilidade”, como decisivos. “Serão depois selecionadas entre 3 a 6 startups”, continuou, sendo que o programa propriamente dito arranca a 15 de outubro estando reservado para 15 de abril o dia das da apresentação a decisores do grupo WPP e eventuais investidores (Demo Day - final do programa de incubação).

“Não andamos a brincar aos negócios”, finalizou Miguel Fontes que sublinhou ainda que a incubadora que dirige presta apoio “através de uma rede de parceria como estas e pomos em contacto com investidores”.


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