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Enquanto esperamos por Nolan

Não têm sido semanas fáceis para Christopher Nolan. O seu novo filme “Tenet” estava agendado para ser uma das grandes estreias deste verão, até a pandemia trocar as voltas a toda a indústria de cinema e obrigar a sucessivos adiamentos da chegada da película às salas de cinema.

Para quem tanto anseia pelo novo projeto do realizador britânico, resta ir rever ou apreciar pela primeira vez as suas longas-metragens mais antigas. “The Prestige” está disponível na Netflix e é um dos meus filmes favoritos de Nolan (são todos na realidade). Lançado em 2006, conta a história do confronto entre dois mágicos, dispostos a sacrificar tudo, para serem os melhores da sua geração.

"Acho Que Vais Gostar Disto" é uma rubrica do SAPO24 em que sugerimos o que ver, ler e ouvir.

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Robert Angier (protagonizado por Hugh Jackman) e Alfred Borden (representado por Christian Bale) faziam parte do mesmo grupo de mágicos até que um trágico acidente, durante a uma atuação, levou à morte da mulher de Angier (que atribuiu a culpa a Borden) e à sua separação. Com carreiras a solo, passaram a ser os principais espetáculos de magia, em Londres do século XIX, e faziam de tudo para descobrir os segredos um do outro.

Angier, motivado por vingança, e Borden, motivado pela sua obsessão em ser o melhor, acabarão por criar, cada um, um truque que o outro não consegue explicar. A procura por uma resposta irá levar a que percam tudo.

  • Um grande elenco: o filme também conta com Michael Caine (um habitual de Nolan), Scarlett Johansson, Rebecca Hall e David Bowie.
  • Uma analogia elétrica: a narrativa do filme acontece em paralelo com a rivalidade de Nikola Tesla e Thomas Edison na descoberta da eletricidade. A disputa entre Angier e Borden são uma representação disso, e o truque de Angier tem uma ligação direta a uma tecnologia fictícia produzida por Tesla.
  • O trailer: vê aqui.
  • Qual o teu filme favorito de Nolan? Partilha comigo respondendo a este e-mail.

A cidade que nunca dorme nem sempre foi assim

Quando pensas em conteúdos sobre a Máfia, o que é que te vem à cabeça? Eu imagino logo um dos clássicos de Martin Scorsese que incluem, de uma maneira ou de outra, Robert de Niro num dos papéis principais. A realidade é que muito do conhecimento ou da perspetiva que temos sobre o que foi a Máfia Italiana nas últimas décadas está diretamente relacionado com um ou mais filmes que o realizador americano dirigiu.

E a verdade é que Scorsese teve de ir buscar inspiração a algum lado, porque os argumentos de filmes como “GoodFellas”, “Casino”, “The Departed” ou o mais recente “The Irishman” não apareceram sozinhos. O documentário da Netflix “Cidade do Medo: Nova Iorque Contra a Máfia” chegou à plataforma esta semana e podia perfeitamente ser mais uma história a ter o “cunho scorsesiano”. No formato de minissérie documental, relata como Nova Iorque, nas décadas de 70 e 80, não era o paraíso e o lugar de sonho para viver que hoje imaginamos.

A criminalidade na cidade era alta e isso devia-se, em grande parte, a cinco famílias de máfia italiana que controlavam o que acontecia em diferentes esferas da sociedade. As famílias Gambino, Colombo, Bonanno, Lucchese e Genovese controlavam o crime organizado nova-iorquino, que se estendia aos pequenos negócios que dependiam dos seus empréstimos e aos sindicatos que lideravam e que lhes davam poder político e económico, que influenciava todo o destino de um estado e, claro, de um país.

Com o crescimento da hegemonia destas famílias, o FBI decidiu que era hora de pôr em prática um plano que permitisse que estas máfias e os seus líderes deixassem de escapar impunes a tudo o que faziam. Em “Cidade do Medo” poderás ver os diferentes agentes que integraram a operação a explicar em detalhe como confrontaram e foram atrás das Máfias.

  • Ligações surpreendentes ou nem tanto: o documentário sugere que a Trump Tower, edifício que pertence à família do atual Presidente do EUA, só começou a ser construída graças à influência de uma das máfias italianas.
  • O trailer: vê aqui.
  • Onde ver: os três episódios da série estão disponíveis na Netflix.

Há mais coisas para além da religião

É sempre bom quando uma série nos põe a pensar e a olhar para um tema de uma perspetiva diferente. Ainda melhor, quando consegue fazer isso num tom mais humorístico, que nos permite criar maior empatia com os protagonistas da história que nos está a ser apresentada.

“Ramy” é uma série original da Hulu, que estreou nos EUA em 2019, e que esta semana chegou com as suas duas temporadas à HBO Portugal. Como o nome indica, a sua história gira à volta de Ramy Hassan, um “muçulmano-americano-millennial de primeira geração” em New Jersey, que tem dificuldade em encontrar um equilíbrio entre a sua crença no Islamismo e as implicações que isso tem no seu dia-a-dia e nas suas relações amorosas.

O objetivo da série criada pelo comediante Ramy Youssef, que também representa a personagem principal, foi desmistificar a sua cultura numa sociedade em que os muçulmanos são recorrentemente vítimas de preconceitos que os levam a ser erradamente conotados, por exemplo, como um perigo pelo seu aspeto.

Há espaço para discutir o impacto que o 11 de setembro teve nas comunidades muçulmanas e na forma como passaram a ser vistas nos EUA, para observar os sacrifícios exigidos pelos 30 dias do Ramadão e para mostrar que há mais nas pessoas, para além daquilo em que escolhem acreditar.

  • Premiado: Ramy Youssef foi premiado com o Globo de Ouro de Melhor Ator numa Série de Comédia pelo seu papel em “Ramy”.
  • Comparações: A popular série da Netflix “Master of None”, criada por Aziz Ansari, que faz uma abordagem semelhante à forma como um jovem americano de origem indiana tem de lidar com uma série de situações, na vida cosmopolita de Nova Iorque.

Créditos Finais

Um século de Amália: Amália Rodrigues faria 100 anos esta semana e a Rita Sousa Vieira fez um ótimo trabalho a homenagear o seu legado, neste artigo do SAPO24.

Os 100 piores filmes de todos os tempos: foi essa árdua tarefa a cargo do site Rotten Tomatoes e fica para a história neste ranking.

Gozando com quem trabalha: de férias, Ricardo Araújo Pereira deu uma entrevista ao Público, sobre como foi fazer o seu programa no meio de uma pandemia. Lê aqui.

Lançamentos musicais: a Taylor Swift lançou um álbum surpresa (que anunciou de véspera no seu Instagram) intitulado “folklore” e o rapper Logic lançou, alegadamente, o seu último projeto, ao qual chamou “No Pressure”.

Hot Lipa: mais um episódio de “Hot Ones” gravado remotamente, desta vez, com a artista Dua Lipa como convidada. Disponível aqui.


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