Organizado pelo Itaú Cultural, o prémio literário sofreu algumas mudanças e a edição deste ano já contempla obras de autores de língua portuguesa com livros publicados em qualquer país, aumentando a abrangência a escritores de outros continentes.
Das 51 obras literárias selecionadas – que contemplam romance, poesia, contos e crónicas – 19 são de autores portugueses e a maioria nunca publicou no Brasil, refere a organização.
Entre a poesia semifinalista estão “Bandolim”, de Adília Lopes, “A felicidade da luz”, de António Osório, “Manual de cardiologia”, de Fernando Pinto do Amaral, “Vem à quinta-feira”, de Filipa Leal, e “Golpe de teatro”, de Helder Moura Pereira.
“O jogo das comparações”, de Inês Lourenço, “Mediterrâneo”, de João Luís Barreto Guimarães, “Anunciações”, de Maria Teresa Horta, “Senhor roubado”, de Raquel Nobre Guerra, e “Estrada nacional”, Rui Lage, completam a presença de obra poética portuguesa selecionada.
Da lista fazem parte ainda os romances “Fredo”, o primeiro de Ricardo Fonseca Mota, “Nem todas as baleias voam”, de Afonso Cruz, “Karen”, de Ana Teresa Pereira, “Rio do esquecimento”, de Isabel Rio Novo, “Um postal de Detroit”, de João Ricardo Pedro, “Ninguém pode morar nos olhos de um gato”, de Ana Margarida de Carvalho, e “Escola de náufragos”, de Jaime Rocha.
A seleção de autores portugueses fecha com dois livros de contos: “O amor de Lobito Bay”, de Lídia Jorge, e “Ronda das mil belas em frol”, de Mário de Carvalho.
Segundo a organização, de todos estes autores portugueses, apenas Maria Teresa Horta, Mário de Carvalho, Lídia Jorge, João Ricardo Pedro, Jaime Rocha, António Osório, Afonso Cruz e Adília Lopes estão publicados no Brasil.
Entre os semifinalistas há ainda 31 autores brasileiros, como Sergio Sant’Anna (“O conto zero e outras histórias”), Michel Laub (“O tribunal da quinta-feira”), Daniel Galera (“Meia-noite e vinte”), Bernardo Carvalho (“Simpatia pelo demônio”) e Adriana Lisboa (“O sucesso”).
Apenas dois livros selecionados tiveram publicação tanto no Brasil como em Portugal: “Se o passado não tivesse asas”, do angolano Pepetela – o único autor africano semifinalista – e “A vida invisível de Eurídice Gusmão”, da brasileira Martha Batalha.
A esta nova edição do prémio Oceanos concorreram 1.215 obras literárias de todo o universo da língua portuguesa.
Dos 51 semifinalistas sairá depois a lista dos dez finalistas e desta os quatro autores distinguidos.
Na última edição do Prémio Oceanos o primeiro prémio foi atribuído ao escritor português José Luís Peixoto com o romance “Galveias”.
Em 2017, o Oceanos irá distribuir 230 mil reais (69.300 euros) de prémio monetário: 100 mil reais (30.300 euros) para o primeiro lugar, 60 mil reais (18.200 euros) para o segundo, 40 mil reais (12.100 euros) para o terceiro e 30 mil reais (9.000 euros) para o quarto.
A primeira etapa do prémio teve curadoria da jornalista portuguesa Ana Sousa Dias e dos brasileiros Selma Caetano e Manuel da Costa Pinto.
Comentários