Hoje, em conferência de imprensa, o vice-reitor da Universidade de Coimbra UC) para a Cultura e Ciência Aberta, Delfim Leão, salientou que o Mimesis assinala desta vez “o regresso em força às performances presenciais e aos espetáculos ao vivo”, após as duas primeiras edições terem decorrido, em 2020 e 2021, com as limitações impostas pela atual pandemia.
“Criar condições para que ninguém fique de fora”, segundo Delfim Leão, é um dos objetivos do festival, que conta com a participação de dezenas de grupos e outras entidades da região, incluindo organismos autónomos da Associação Académica de Coimbra (AAC) e demais grupos e coletividades ligados ou não à UC.
O vice-reitor lembrou que “a experiência pandémica esticou a resistência dos grupos até ao limite”, o que cria uma expectativa diferente ante as atividades que serão apresentadas sem as mais severas restrições de ordem sanitária.
“A ideia é criarmos sinergias com uma proposta eclética que possa servir um público muito variado”, afirmou, num encontro com os jornalistas na Sala dos Espelhos do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV).
Na sua opinião, cabe também ao programa do Mimesis, organizado pela Universidade de Coimbra, “associar a investigação e o trabalho de pesquisa à prática artística” de natureza performativa.
“Todo o ciclo é pensado para a Universidade mostrar o que tem de melhor, mas também sair de si”, envolvendo entidades culturais e associativas exteriores a uma das mais antigas instituições de ensino superior do mundo, fundada pelo rei D. Dinis, em 1290.
Delfim Leão frisou que o Ciclo de Teatro e Artes Performativas é uma realização cultural colaborativa que faz “um esforço para congregar, para criar sinergias com todos os agentes”.
O programa inclui uma extensão a Alcobaça, “numa altura em que se completa a celebração dos 20 anos da instalação” do Centro de Estudos Superiores da UC naquela cidade do distrito de Leiria.
O Mimesis, segundo a organização, “inscreve-se na estratégia de programação cultural anual” da Reitoria da Universidade de Coimbra, “fundada em pilares estruturantes: valorizar a criação e a prática artísticas, promover a investigação especializada, aprofundar a formação e qualificação na área das artes (teatro, dança e performance), contribuir para a diversidade e qualidade da programação cultural e para o desenvolvimento e fidelização de públicos”, promovendo “centralidade histórica da UC neste domínio de atuação artística, com destaque para a expressão dramática, robustecendo a sua presença em redes culturais mais amplas, em laboratórios artísticos e em iniciativas relevantes de reflexão estético-performativa, em formato presencial ou online”.
O ciclo começa no domingo, às 15:00, com o espetáculo de teatro “Os dados estão lançados”, na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da UC (FPCEUC), pelo InterDito – Grupo de Expressão Dramática da FPCEUC.
Na apresentação, no TAGV, intervieram ainda o diretor desta instituição universitária, Fernando Matos Oliveira, a professora e responsável do Interdito, Margarida Pedroso Lima, e o presidente da direção da Associação Artística e Cultural Salatina, Tiago Martins.
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