O ensaísta Eduardo Lourenço, na sexta-feira, numa intervenção não prevista, dirigindo-se aos participantes, afirmou que todos constituem “uma seita”.
“Estamos aqui como se fossemos uma seita”, disse o ensaísta que referiu o fascínio que o poeta Fernando Pessoa (1888-1935) exerce sobre quem o lê.
Hoje, pelas 10:00, a mesa “Pessoa entre culturas” abre o último dia do congresso, uma iniciativa da Casa Fernando Pessoa, que decorreu desde quinta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian.
Nesta mesa está prevista a participação de Sáez-Delgado, que abordará a receção de Pessoa em Espanha na década de 1940, do professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa João Dionísio, que irá debater o conceito de bilinguismo na obra de Pessoa, e de Patrick Quillier, professor na Universidade de Nice, no sul de França, que aborda a aproximação da composição musical à obra poesia de Pessoa e dos seus heterónimos.
Os investigadores Rita Patrício, Marisa Mourinha e Victor K. Mendes constituem a segunda mesa intitulada “Pessoa Crítico”.
Da parte da tarde apresentam-se as mesas “Pessoa dramático”, “Imagens de Pessoa” e uma mesa de discussão sob o título de “História dos Congressos Pessoanos”.
Nesta última mesa participam o catedrático emérito da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Arnaldo Saraiva, o catedrático aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Fernando Martinho e o ex-membro do conselho de administração da Fundação Gulbenkian José Blanco, todos membros da comissão científica do congresso.
O congresso iniciou-se na quinta-feira passada e, entre outras personalidades, contou com a participação do filósofo José Gil, do investigador e escritor Richard Zenith, do vice-reitor da Universidade de Lisboa, António Feijó, do escritor e professor catedrático na Universidade de Brown, em Providence, nos Estados Unido, Onésimo Teotónio de Almeida e do escritor e professor catedrático jubilado do King’s College, em Londres, Helder Macedo.
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