O novo coronavírus, que veio alterar todo o calendário da indústria cinematográfica, obrigou a Academia de Cinema dos Estados Unidos a adiar a 93.ª edição, remarcada para 25 de abril de 2021, e os critérios da competição, numa altura em que a maioria dos cinemas está fechada ao público.
O formato da cerimónia (virtual ou não) está nesta altura por determinar, mas a Academia revelou hoje o “trio” pensado para responder a esta situação excecional e conceber um espetáculo para ser seguido no mundo inteiro.
“Os próximos Óscares são a ocasião ideal para inovar e repensar a cerimónia de entrada de prémios”, referem em comunicado o presidente da Academia, David Rubin, e a sua diretora-geral Dawn Hudson.
Para organizar a cerimónia num formato diferente, Steven Soderbergh vais ser apoiado pelo antigo produtor dos prémios Grammy Jesse Collins e pela produtora Stacey Sher ("Django Unchained").
Soderbergh e Sher trabalharam juntos nos filmes "Erin Brockovich" e "Contágio", agora elogiado por prever, em 2011, grande parte dos efeitos da atual pandemia, distanciamento social, hospitais e morgues improvisados e a corrida às vacinas.
O realizador americano foi escolhido este ano pela associação dos produtores de Hollywood para dirigir o grupo encarregado de organizar a retoma das atividades cinematográficas.
A organização dos Óscares ainda não divulgou se a cerimónia vai ter os nomeados presentes fisicamente, virtualmente ou numa mistura dos dois, quando Los Angeles iniciou um novo confinamento.
"Por causa da situação extraordinária em que todos nos encontramos, existe um novo interesse pelos filmes e pelas pessoas que os fazem e esperamos criar um programa que se assemelhe aos filmes de que gostamos", referiram.
A cerimónia dos Óscares foi adiada oito semanas desde a sua primeira data. O prazo de inscrição foi prorrogado por mais dois meses, até ao fim de fevereiro.
Por exceção, a Academia autoriza a concorrer aos Óscares filmes lançados diretamente em plataformas de vídeo, sem passarem pelos cinemas.
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