O artista, que expõe pela primeira vez neste museu, exibirá, até 17 de março, esta faceta da sua obra, que tem explorado várias expressões e meios, como a escultura, pintura, desenho, instalação e filme.

Em “Da História das Imagens” estarão patentes algumas das suas mais importantes séries fotográficas, realizadas entre 1972 e 1988, constituindo um corpo de trabalho que contribui para a compreensão deste período relativamente à utilização do meio fotográfico pelos artistas.

Destacam-se as séries “A Cidade” (1972); “Projeto Praia da Luz” (1974); “Projeto com Frutos e Legumes” (1976); “Projeto para o Porto de Nice” (1976); “AutoRetratos” (realizados desde 1977, nomeadamente a série “Moi, je n’existe pas”); “Le Cauchemar”, de 1980, e “Vénus e o Amor”, de 1988.

Serão ainda apresentadas várias fotografias e postais com reproduções de obras de referência da cultura portuguesa, “umas e outras intervencionadas com ovóides, presenças pictóricas, mas também linguísticas, que marcam o processo de apropriação e transformação característico do trabalho de Manuel Casimiro”, segundo um texto sobre a exposição.

No Museu Arpad Szenes — Vieira da Silva irá figurar também uma obra de grandes dimensões com a imagem do “Quilleboeuf à l’embouchure de la Seine”, do pintor William Turner, que faz parte da coleção de Serralves.

Algumas destas obras “constituem um momento singular no percurso de Manuel Casimiro e evidenciam questões fundamentais como a serialidade, a relação com o cinematográfico, a inscrição do reprodutivo e a estética de apropriação”, acrescenta o texto.

Durante a exposição, irá estrear-se o filme “Manuel Casimiro: Pintar a Ideia”, dedicado à sua vida e obra, com realização de Isabel Lopes Gomes, que assina também a curadoria da mostra.

Este documentário dá a conhecer grande parte do trabalho de Manuel Casimiro, concebido ao longo de meio século, num percurso iniciado em finais da década de 1960, através da pintura, fotografia, instalação e escultura.

A obra conta com depoimentos do próprio Manuel Casimiro e de colegas de ofício, nomeadamente escritores, filósofos, historiadores e críticos de arte, entre eles Michel Butor, Jean-François Lyotard, Christine Buci-Glucksmann, Vincent Descombes, Jonathan Dronsfield, Pierre Restany, Raphael Monticelli, António Cerveira Pinto e Bernardo Pinto de Almeida.

Será ainda apresentado um livro dedicado ao suporte fotográfico utilizado por este artista, com uma entrevista ao próprio e textos de Isabel Lopes Gomes e de António Cerveira Pinto.

Nascido no Porto, em 1941, Manuel Casimiro conta com dezenas de exposições individuais e coletivas em diversos países europeus, nos Estados Unidos, Brasil, Japão e China.

Em Portugal, a sua obra está presente no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, no Museu Coleção Berardo, e na Fundação de Serralves, entre outros.

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