O ex-Talking Heads pediu desculpa por não ter colaborado com artistas femininas no seu novo álbum, "American Utopia", que será editado esta sexta-feira.

O primeiro álbum a solo de David Byrne em 14 anos irá contar com colaborações de nomes como Brian Eno, Daniel Lopatin ou Sampha — 25 homens no total, mas nenhuma mulher — o que valeu ao músico algumas críticas.

Byrne reagiu às mesmas, na sua conta de Instagram, agradecendo a todos os que lhe escreveram e o chamaram à atenção. "A falta de representatividade [das mulheres na música] é algo que é problemático e sistemático na nossa indústria", escreveu. "Arrependo-me de não ter contratado e colaborado com mulheres para este álbum – é ridículo”, continuou.

"Nem é representativo do meu espetáculo ao vivo, que conta com diversas criadoras e colaboradoras, o que o torna ainda mais negligente da minha parte", disse ainda o músico na nota que publicou esta terça-feira.

O músico que tem concerto agendado em Lisboa, em  julho, no EDP Cooljazz, destacou ainda que é bom viver "numa época em que estas discussões têm lugar". "É difícil perceber que, apesar de todos os teus esforços para levar o mundo na direção que crês ser a correta, às vezes és parte do problema", lamento.

"Nunca pensei ser um 'desses tipos', mas parece que o sou até certo ponto. As vossas respostas servem como corretivo. Obrigado".

Recorde-se que o último álbum de estúdio do músico, "Love This Giant" (2002), foi feito em parceria com a cantora St. Vincent.

Leia aqui a mensagem de David Byrne na íntegra:

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