O galardão literário, com um prémio pecuniário de 7.500 euros, organizado pela APE em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, teve como júri os professores, investigadores e escritores Annabela Rita, António Carlos Cortez e Cândido Oliveira Martins, cuja decisão foi unânime, segundo um comunicado da organização.

“Considerando as candidaturas a concurso, o volume de trinta contos de Bruno Vieira Amaral destaca-se da restante produção recebida por este júri, na medida em que congrega uma apurada técnica narrativa com uma imaginação de universos de linguagem e de personagens que, saídos do real quotidiano e urbano, moldam uma visão do mundo que é a um tempo realista e irónica, e não raro, trágica...”, lê-se na ata do júri sobre o livro publicado pela Quetzal.

O Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, instituído em 1991, pela APE, patrocinado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, destina-se a galardoar anualmente uma obra em língua portuguesa de um autor português ou de país africano de expressão portuguesa, publicada em livro, em primeira edição, no decurso do ano anterior à atribuição (neste caso, 2020).

Nascido em 1978, Bruno Vieira Amaral, formado em História Moderna e Contemporânea pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, é escritor, crítico literário, tradutor, e autor do blogue “Circo da Lama”.

Colaborou no Diário de Notícias Jovem, revista Atlântico, jornal i e no Observador, e atualmente é editor-adjunto da Revista Ler, cronista do Expresso e da revista GQ.

O seu primeiro romance, "As Primeiras Coisas", publicado em 2013, foi considerado livro do ano para a Revista Time Out (ano em que o autor recebeu o Prémio Novos por se destacar na literatura), e foi distinguido com o Prémio PEN CLUBE Narrativa, Prémio Literário Fernando Namora e Prémio Literário José Saramago 2015, segundo a nota biográfica divulgada pela APE.

Em 2017, publicou o seu segundo romance, "Hoje Estarás Comigo no Paraíso", que nesse mesmo ano foi distinguido com o Prémio Tábula Rasa para melhor obra de ficção e que, em 2018, arrecadou o 2.º lugar do prémio Oceanos, antigo prémio PT de Literatura.

Bruno Vieira Amaral publicou ainda o "Guia Para 50 Personagens da Ficção Portuguesa" (pela editora Guerra e Paz, 2013), "Aleluia!" (FFMS, 2015), um livro de não-ficção sobre minorias religiosas em Portugal, "Manobras de Guerrilha" (Quetzal, 2018), coletânea de textos dispersos, e "Uma Viagem pelo Barreiro" (CMB, 2018).

Nas 29 edições do galardão foram distinguidos os escritores Mário de Carvalho, Teresa Veiga, Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa, Maria Judite de Carvalho, Miguel Miranda, Luísa Costa Gomes, José Jorge Letria, José Eduardo Agualusa, José Viale Moutinho, António Mega Ferreira, Teolinda Gersão, Urbano Tavares Rodrigues, Manuel Jorge Marmelo, Paulo Kellerman, Gonçalo M. Tavares, Ondjaki, Afonso Cruz, A.M. Pires Cabral, Eduardo Palaio, Hélia Correia, Ana Margarida de Carvalho, Francisco Duarte Mangas e Bruno Vieira Amaral.

A data da cerimónia de entrega do prémio "será oportunamente anunciada", indica a direção da APE no comunicado.

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