Segundo a Reuters, os trabalhadores descobriram a pintura — "Retrato de uma senhora", datado de 1917 — quando tiraram a hera da parede externa da galeria Ricci Oddi, na cidade de Piacenza, no norte de Itália, e encontraram um pequeno alçapão. Lá dentro estava um saco do lixo com a tela.

A pintura desapareceu em fevereiro de 1997. Na altura, a polícia acreditava que os ladrões tinham usado uma linha de pesca para prender a obra-prima na parede e arrastá-la através de uma clarabóia para o teto da galeria, descartando depois a moldura.

Jonathan Papamarengh, chefe de cultura da câmara municipal de Piacenza, referiu que era "difícil acreditar" que o original estivesse escondido na parede da galeria desde o seu desaparecimento, uma vez que o edifício foi cuidadosamente revistado após o roubo. A polícia e especialistas em arte estão a analisar a obra para verificar a sua autenticidade.

“A condição da pintura é excelente. Parece estranho acreditar que está escondida numa parede, perto do chão e da vegetação há 22 anos ”, acrescentou.

Este quadro de Klimt é o segundo da lista de arte mais valiosa roubada em Itália, logo atrás de uma pintura de Caravaggio roubada de uma igreja na Sicília em 1969.

O retrato é considerado particularmente importante porque, pouco antes do seu desaparecimento, um estudante de arte percebeu que este tinha sido pintado sobre outra obra que se acreditava perdida, tornando-o o único "duplo" Klimt conhecido.