A água começou a explodir no glaciar, no sábado, às 08:40 (11:40 GMT), disse um responsável do Parque Nacional dos Glaciares da Patagónia, localizado a 2.000 quilómetros a sudoeste de Buenos Aires.
Ao longo do dia, esse fenómeno "tornou-se mais evidente e volumoso", de acordo com a mesma fonte.
A água corrói o glaciar e o processo termina quando o arco, ou a ponte de gelo colapsa.
O momento de rutura "é sempre espetacular. O que acontece é que desta vez se verifica mais acumulação de água do que nas últimas três ou quatro situações", explicou Luciano Bernacchi, diretor do Glaciarium, um museu localizado perto do Parque Nacional Glaciar.
De acordo com este especialista, este é um fenómeno natural para este tipo de glaciar, ou seja, ele mantém a sua dimensão média, ao contrário de outros que diminuem.
O colapso do glaciar Perito Moreno, Património Mundial da UNESCO, geralmente atrai milhares de visitantes apesar de ocorrer em março, isto é, no final do verão e no início do outono austral.
Este fenómeno, um dos espetáculos naturais mais impressionantes do planeta, ocorre a cada dois ou quatro anos desde 2004, quando não aconteceu nos 16 anos anteriores. A última vez, em 2016, foi em plena luz do dia e milhares de turistas participaram.
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