"Temos um cartaz para quem gosta de música à séria, mas sobretudo temos a preocupação e o objetivo de dar palco a bandas portuguesas, além dos cabeças de cartaz", explicou o diretor artístico, José Aguiar, hoje na apresentação da edição de 2018 daquele que quer ser "uma referência" nos festivais de verão.
Além dos cabeças de cartaz, o Laurus Nobilis de 2018 leva a Famalicão, de 26 a 28 de julho, bandas nacionais como Mata Ratos, Tarantula ou Cruz de Ferro, destacando-se ainda o palco "Faz a tua Cena", que vai permitir "a quem quer que seja" atuar durante o evento.
"Não queremos ser só mais um festival. Queremos ser uma referência e temos feito caminho para isso ao nos especializarmos, de certa forma, no heavy metal. Temos ainda a particularidade de ser um festival de música dita pesada, mas num meio rural", explanou.
Segundo José Aguiar, a escolha daquele género musical para desenhar o festival não é aleatória: "Fomos vendo que era o estilo que era mais rentável, mas este não é um festival só para quem gosta desse tipo de música. Temos ainda a área de campismo (gratuito), restauração, atividades, no fundo haverá o que fazer 24 horas por dia além dos espetáculos dos palcos principais".
Como "grande novidade", o responsável apontou o palco "Faz a Tua Cena", que, disse, no fundo reflete uma das vertentes" que o Laurus Nobilis assume.
"É um palco dedicado ao público e a qualquer artista. Quem quiser inscreve-se, o pessoal chega ao palco e faz a sua cena", explicou.
Com uma programação "75% gratuita", o Laurus Nobilis é, para o embaixador do festival, António Freitas, "interessante e único".
"Algumas pessoas dirão que ficou muito pesado, mas é bom porque devolve a vida, para não ser igual a tantos outros eventos", referiu.
António Freitas destacou ainda a oportunidade que o festival dá ao trabalho dos músicos portugueses da área do heavy metal: “Este tipo de bandas são geralmente postas de parte e em Portugal temos muitas, cerca de 1.000. As pessoas não tem noção disso e têm tanto talento e valor como qualquer uma das bandas estrangeiras, o problema é que nunca têm a exposição que deveriam ter, seja em casas de espetáculos seja nas rádios".
Para a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, o Laurus Nobilis é a prova do "esforço da política cultural para diversificar a sua oferta e chegar aos mais variados públicos", referiu o vereador da Cultura, Leonel Rocha.
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