O filme, que integrou a competição oficial, recebeu o Prémio Bibliotecas, atribuído pelo festival e patrocinado pelo Ministério da Cultura de França.
“Ressonância em espiral” é uma coprodução entre Portugal, Guiné-Bissau e Alemanha e é coassinado pela artista visual e realizadora Filipa César e pelo investigador guineense Marinho de Pina.
“A Mediateca Onshore em Malafo, uma aldeia na Guiné-Bissau, é um arquivo e um clube para práticas ‘agropoéticas’. À medida que Amílcar Cabral fala sobre feminismo numa gravação, os realizadores conversam sobre as contradições de retratar a comunidade”, lê-se na sinopse da obra.
De acordo com a produtora portuguesa Stenar Projects, a Mediateca Onshore é um projeto comunitário cultural iniciado em 2018 pela cooperativa guineense Geba Filmes e que, depois de um período de itinerância, se instalou em Malafo, no centro da Guiné-Bissau.
É lá que a Mediateca Onshore se desenvolve enquanto “laboratório de intercâmbio de arte, cultura, agroecologia e conhecimento”, virado para a comunidade e com a participação de pessoas de diferentes áreas, incluindo Filipa César, Marinho de Pina ou ainda o realizador guineense Sana na N’Hada.
Depois de passar em fevereiro no festival de Berlim, “Ressonância em espiral” integrou o festival Doc Fortnight, organizado pelo Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova Iorque.
O 46.º Cinéma do Réel, dedicado ao documentário, terminou no domingo no Centre Pompidou, em Paris.
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