“A minha melhor fase vem aí, com o meu próximo álbum de rock sinfónico, de 19 temas, todos eles com poetas diferentes e poetas sublimes, a abordar a ideia de como é a vida depois da morte e o regresso à vida depois da morte”, disse o compositor.
José Cid falava aos jornalistas em Anadia, à margem da inauguração de uma exposição sobre a sua vida e obra, no Museu do Vinho Bairrada, que vai estar patente até ao final de setembro.
O cantor, residente em Mogofores, Anadia, conta com uma carreira musical e artística de 60 anos.
“É uma homenagem muito sentida e estou muito encantado. Vou voltar a vir aqui para ver muitas coisas da minha vida que já nem me lembrava”, salientou o instrumentista e produtor musical, que em 2019 recebeu um Grammy latino de Excelência Musical, atribuído pela Academia Latina.
Na sessão de inauguração, o presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, anunciou que José Cid será um dos homenageados da gala “Ver Portugal” deste ano, a realizar em maio, nas Caldas da Rainha.
A exposição “José Cid – Vida & Obra” foi idealizada há um ano e envolveu uma centena de pessoas em todo o projeto de produção, segundo o diretor do Museu do Vinho em Anadia, Pedro Dias.
“Foi uma exposição muito difícil de fazer, já que até ao último dia foi chegando acervo associado à história de José Cid, cidadão de Anadia, que é uma figura incontornável da história da música em Portugal dos séculos XX e XXI”, observou.
Para Pedro Dias, “este é o primeiro passo de uma homenagem que o país deve fazer a José Cid, que é um caso único na música em Portugal, com uma carreira ininterrupta dos anos 50 até à atualidade, passando pelos diversos formatos e estilos musicais, com um registo que perdura na memória coletiva de várias gerações”.
Até ao final da exposição, o Museu do Vinho Bairrada vai continuar a efetuar o registo imaterial do património do cantor, com depoimentos e memórias de outras pessoas.
Promovida pela Câmara Municipal de Anadia, a exposição temporária “José Cid – Vida & Obra” é dedicada ao cantor, compositor, instrumentista e produtor musical, com o objetivo de dar a “conhecer as várias facetas do artista”.
A mostra, que ocupa todas as salas de exposição temporária do Museu do Vinho Bairrada, resultou do levantamento de toda a discografia a solo de José Cid, bem como da sua participação no “Quarteto 1111”, no Green Windows e noutros projetos musicais, e da recolha de registos fotográficos da sua história musical e pessoal.
A exposição dá ainda a conhecer os vários troféus conquistados, com especial destaque para o Grammy de "Excelência Musical", atribuído pela Academia Latina de Gravação, assim como vários objetos e instrumentos ligados à produção musical”, lê-se numa nota sobre a mostra.
Uma das salas é dedicada a vários artistas plásticos, nomeadamente António Azenha, António Bessa, Diogo Landô, Dulce Martins, Gabriela Carrascalão, Leandro Machado, Lucas Ressurreição, Lúcia David, Pedro Figueiredo e Teresa Carneiro, com a curadoria de Gabriela Carrascalão e Nuno Sacramento.
Os artistas aceitaram o desafio lançado pelo Museu de apresentarem uma reinterpretação criativa do álbum “10 mil anos depois, entre Vénus e Marte” de José Cid, que integrou a lista dos 100 melhores álbuns de rock progressivo de sempre, a nível mundial, organizada pela revista norte-americana ’Billboard’.
A homenagem conta também com “um conjunto de testemunhos de destacadas personalidades” do panorama artístico-cultural nacional.
A exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira, entre as 10:00 e as 13:00 e as 14:00 e as 18:00, e, ao fim de semana, entre as 09:30 e as 13:00, até 30 de setembro.
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