Em comunicado, a editora portuguesa Casa das Letras realça que “as poucas mulheres que por lá andavam travavam também a sua própria batalha, lutavam pelo direito a trabalhar em igualdade de condições com os homens e serviam-se de doses invulgares de determinação e criatividade para vencer restrições e combater preconceitos”.

Do grupo das seis biografadas consta Martha Gellhorn, que foi a única mulher a desembarcar na Praia de Omaha, em França, no “Dia D”, contrariando a vontade do marido, o escritor norte-americano Ernest Hemingway.

As Enviadas Especiais
As Enviadas Especiais créditos: Casa das Letras

Outra é Lee Miller, “uma deslumbrante modelo da Vogue”, que se tornou correspondente de guerra e conheceu o apartamento de Hitler, em Munique, após a derrota germânica. A terceira repórter é Sigrid Schultz, de origem judia, que denunciou as atrocidades nazis.

Do grupo faz também parte Virginia Cowles, “uma jornalista da imprensa cor-de-rosa que percorreu os campos de batalha da Guerra Civil de Espanha”, e ainda Clare Hollingworth que “foi a autora do ‘furo do século’ depois de noticiar em primeira mão o início da guerra na fronteira da Alemanha com a Polónia”.

A sexta é Helen Kirkpatrick que esteve nos bombardeamentos de Londres, na invasão de Itália e na libertação de Paris, “tendo sido a primeira repórter a conseguir os mesmos direitos que os homens numa zona de combate controlada pelos Aliados”.