O livro  apresentado hoje  trata-se, segundo a editora, de “um relato biográfico, emotivo e autêntico, que percorre a carreira de jornalista do autor e os meses de confronto e choque desde que acrescentou uma palavra à sua vida: ‘cancro’”.

“Há palavras que se tornam estigmas, condenações, tabuletas na testa de quem subitamente é forçado a viver com elas. Mais de 30 anos de jornalismo, a conviver todos os dias com palavras e os seus significados, podem ainda assim deixar de fora esta ideia, na premissa de que as palavras são todas iguais, saem direitinhas no ecrã do computador, e mais perfeitas ainda na impressão do jornal, ou na paginação fria do ‘tablet’. Não são e essa foi a primeira surpresa que tive”, escreveu Pedro Rolo Duarte.

O livro é apresentado pelo publicitário Edson Athayde, pelo escritor Miguel Esteves Cardoso e pelos jornalistas Sónia Morais Santos e João Gobern, no Museu da Eletricidade, em Lisboa.

A organização do livro e da apresentação ficou a cargo de António Maria Rolo Duarte, filho do jornalista.

Pedro Rolo Duarte nasceu a 16 de maio de 1964, em Lisboa. Começou no jornalismo aos 17 anos, a escrever textos para o suplemento juvenil do Correio da Manhã, tornando-se depois colaborador desta publicação e dos jornais Se7e e Independente. Passou ainda pelas revistas K e Visão.

Foi editor do suplemento DNA, publicado no Diário de Notícias entre novembro de 1996 e janeiro de 2006, e subdiretor deste jornal entre 2004 e 2005. Entre 2009 e 2010 fundou e editou o projeto “Nós” no jornal i.

Na rádio estreou-se em 1984 e, um ano depois, passou para a Rádio Comercial, estação na qual teve vários programas de autor.

Já na Antena 1 assinou os programas “Pedro Rolo Duarte” e “Janela Indiscreta”, partilhava o espaço do programa Hotel Babilónia, na Antena 1, com o também jornalista João Gobern, e integrou o programa Central Parque da RTP3.

Pedro Rolo Duarte era cronista do SAPO24, onde escrevia todas as quinta-feiras.

O jornalista de 53 anos faleceu em Lisboa a 24 de novembro de 2017.