O júri do dstangola/Camões, presidido por Irene Guerra Marques, professora na Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, distinguiu no texto de Pepetela “não apenas a sua atualidade”, como a forma como “mantém jovem e lúcida a ironia, a crítica sociocultural e uma criatividade intensa, que acompanha os avanços e recuos da realidade angolana e até mesmo africana, no que diz respeito à realidade que vivemos ao Sul do Saara”.

Segundo um comunicado da Leya, a editora do escritor angolano, esta é a segunda distinção do romance, que recebeu em fevereiro o Prémio Literário Correntes d’Escritas.

O romance é “uma crítica mordaz ao abuso de poder e aos sistemas de governo totalitários disfarçados de democracias”, escrito com “um sentido de humor inteligente, e em que qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência”, sublinhou a nota da editora.

Pepetela, nome artístico de Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, nasceu em Benguela, Angola, em 1941. Licenciou-se em Sociologia, em Argel, durante o exílio, foi guerrilheiro do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), político e governante. Em 1997, foi reconhecido com o Prémio Camões.

O prémio literário dstangola/Camões é uma iniciativa do dstgroup em parceria com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, que visa distinguir, anualmente e de forma alternada, livros editados em poesia e prosa de artistas nascidos em Angola.

O galardão, no valor de 15 mil euros, será entregue em Luanda, em data ainda por confirmar. A primeira edição do dstangola/Camões homenageou a poesia e escolheu como vencedor o título “Noite Vertical”, de Zetho Cunha Gonçalves.

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