Traçando rotas entre Portugal, Espanha e França, este romance do escritor beirão é “um retrato cru que não ignora a situação política e social que se vivia em Portugal em 1930, no rescaldo da Implantação da República e da Primeira Guerra Mundial, numa altura em que imperava em Portugal um sistema totalitário”, refere a Bertrand, que tem estado a reeditar a obra de Aquilino Ribeiro.

Com prefácio de Serafina Martins, professora universitária de literatura, especialista na obra de Aquilino Ribeiro, esta reedição chega às livrarias no dia 19 e tem o lançamento prev  isto para o dia seguinte, na Escola Secundária Alves Martins (antigo Liceu de Viseu), com apresentação de Adelino Pinto, António Manuel Ferreira e Serafina Martins.

Em “O Homem Que Matou o Diabo”, a personagem Macário faz uma visita fortuita à Serra, em busca de inspiração, e ali conhece Máxima, uma atriz que o encanta e o desafia a visitá-la em Paris, para esculpir o seu busto.

Macário consegue atravessar a fronteira e chegar a França, deixando para trás, em Portugal, Isabel, mulher casada e uma possível promessa de amor futuro.

“A viagem é repleta de peripécias, uma verdadeira aguarela das relações entre Portugal e Espanha”, descreve a editora.

A chegada de Macário a França surpreende Máxima, que fica sensibilizada e envaidecida com o aparecimento do seu pretendente, mas rapidamente perde a paciência, e a paixão de Macário torna-se um tormento.

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Aquilino Ribeiro nasceu no concelho de Sernancelhe, distrito de Viseu, em 1885, e morreu em Lisboa em 1963, tendo deixado uma vasta obra em que cultivou todos os géneros literários.

Em Setembro de 2007, por votação unânime da Assembleia da República, o seu corpo foi depositado no Panteão Nacional.

No dia 27 de outubro, a Bertrand Editora e a Fundação Centro Cultural de Belém vão organizar o Dia Literário Aquilino Ribeiro, a propósito da reedição de "O Malhadinhas", no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.