As mostras “Arpad Szenes e Vieira da Silva, os anos do exílio no Brasil (1940-1947)”está integrada na programação do evento Passado e Presente — Lisboa, Capital Ibero-americana da Cultura 2017. De acordo com a fundação, tendo como contexto a Segunda Guerra Mundial e “as suas trágicas migrações”, através da experiência pessoal de Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992) e de Arpad Szenes (1897-1985), o museu apresenta a produção artística dos dois artistas neste período.
Devido à ocupação nazi de França, o casal foi forçado a partir dali para o Brasil, depois de lhe ter sido recusada residência em Portugal. No Rio de Janeiro, que nos anos 1940 era caracterizado por um ambiente cultural incipiente, fizeram amigos entre os artistas e intelectuais locais e partilharam a sua vida com outros expatriados e refugiados.
De acordo com a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, também serão inauguradas, às 17:30, outras duas exposições, uma do fotógrafo Armindo Cardoso, intitulada “Heróis, povo e paisagem chilena”, e outra de Ana Vidigal, “Mas ao Brasil jamais voltaria”.
Às 17:00, antes da inauguração das exposições, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, vão receber, do diretor-geral da União de Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI), Antonio Zurita, o diploma de Capital Ibero-americana de Cultura 2017.
Com curadoria de Marina Bairrão Ruivo, a exposição“Arpad Szenes e Vieira da Silva, os anos do exílio no Brasil (1940-1947)” está organizada em grandes núcleos: a guerra, a paisagem do Rio de Janeiro, os amigos e os ateliês, e, finalmente, o casal e os retratos de Maria Helena criados por Arpad.
Na exposição de fotografia “Heróis, povo e paisagem chilena”, com curadoria de António Pinto Ribeiro, é apresentada a obra de Armindo Cardoso, nascido no Porto, em 1943, que se exilou em 1967 em Paris, e em 1960 partiu para o Chile, tornando-se editor gráfico e fotógrafo.
Regressou a Portugal em 1974, tendo trabalhado com vários municípios, como Almada, Benavente, Chamusca, Coruche, Portel, Porto e Seixal, sobretudo com companhias de teatro.
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