No entanto, Guterres não atenderá ao pedido do ministro, Carlos Holmes Trujillo, de nomear um enviado especial da ONU para a Venezuela, segundo fontes da organização.
Durante a reunião na sede da ONU na quinta-feira, Guterres "disse que vai criar um mecanismo de coordenação interna para garantir que a resposta regional da ONU seja bem coordenada", declarou o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric.
A equipa que a ONU estabelecerá para a Venezuela incluirá especialistas da sua agência de refugiados e da Organização Internacional para as Migrações, entre outras dependências do organismo mundial.
Na sua primeira visita à sede da ONU em Nova Iorque desde que assumiu seu cargo atual, Holmes Trujillo pressionou para que a organização nomeasse um enviado para liderar a resposta multilateral à crise humanitária na Venezuela.
Mas um funcionário da ONU, que pediu anonimato, disse que Guterres não considerava nomear um enviado especial neste momento.
Cerca de 2,3 milhões de venezuelanos fugiram do país desde que entrou na crise em 2014. Muitos foram forçados a deixar sua pátria por falta de comida, segundo as Nações Unidas.
Mais de um milhão de imigrantes entraram na Colômbia nos últimos 16 meses.
Equador abre corredor humanitário
O país abriu um corredor humanitário para facilitar a passagem de autocarro levando centenas de imigrantes venezuelanos que pretendem chegar ao Peru antes que entre em vigor, no sábado, as restrições para sua entrada nesse país, anunciou o governo.
"São 35 autocarros neste momento no corredor humanitário e vamos continuar até onde for possível", declarou à imprensa o ministro do Interior, Mauro Toscanini em Macas, onde ocorre uma reunião ministerial.
O governo de Lenín Moreno decidiu facilitar o transporte dos venezuelanos apesar de ter imposto a necessidade de passaporte na semana passada, uma medida que o Peru vai utilizar a partir das primeiras horas deste sábado.
O funcionário não informou quantos venezuelanos serão levados de autocarro para a localidade fronteiriça de Huaquillas (sul), em viagens de ida e volta com proteção policial.
Nos veículos, viajam venezuelanos que não têm passaporte. O ministro indicou ainda que, uma vez na fronteira, "a questão de aceitá-los ou não é do Peru".
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