Numa nota, o OAL salientou que constatou há quatro anos, quando foi fundado, a “necessidade de combater com urgência a falta de manutenção das infraestruturas municipais, que se degradam passivamente ano após ano, por falta de meios orçamentais”.

O OAL considerou que se mantém hoje esta urgência de “medidas e planos alternativos” de contratação e modelação que permitam “gerar poupanças para fazer face às limitações de recursos financeiros” dos municípios para a conservação de equipamentos públicos.

“Logo no início da nossa atividade foram estudados e criados vários modelos de manutenção de estradas, edifícios municipais, equipamentos coletivos, obras de arte e redes de abastecimento de água, os quais foram apresentados a cerca de duas dezenas de autarquias, mas infelizmente não obtiveram acolhimento”, salientaram.

Segundo o OAL, as razões desta falta de acolhimento terão sido então a falta de recursos dos municípios para fazerem face “a uma atividade de capital intensivo” e de concretização gradual, dividida por fases de investimento, além das barreiras da burocracia.

“Infelizmente, o trágico acontecimento ocorrido em Borba pôs novamente a nu o gravíssimo problema da falta de manutenção das nossas estradas (transversal também, à grande maioria dos equipamentos públicos) e faz-nos recordar que este problema (dada as restrições orçamentais) só se consegue mitigar com novas soluções e métodos parcelares, geradores de poupanças anuais entre 5% a 10 %, mas com enorme impacto a 20 anos”, salientou a associação.

O OAL considerou que “os modelos elaborados há quatro anos, prevendo soluções de manutenção intensiva/corretiva, baseados em planos específicos complementados por uma gestão integrada e pela respetiva monitorização, são agora mais atuais do que nunca”, pelo que está disponível para informação sobre estas soluções, através do email comunicacao@oal.pt.

O deslizamento de um grande volume de terra na estrada entre Borba e Vila Viçosa, no distrito de Évora, provocou a deslocação de uma quantidade significativa de rochas, de blocos de mármore e de terra para o interior de dois poços de pedreira, pelas 15:45 de segunda-feira.

Estão confirmados dois mortos, operários da empresa que explora a pedreira, e estão dadas como desaparecidas três pessoas, cujas viaturas em que alegadamente seguiam terão sido arrastadas para o interior da pedreira.

As autoridades de socorro destacaram a "complexidade" das operações em curso, sublinhando que vão ser "morosas e difíceis".

O Ministério Público instaurou "um inquérito para apurar as circunstâncias que rodearam a ocorrência" e a Polícia Judiciária (PJ) iniciou hoje as investigações.