Na véspera de uma reunião dos aliados da Ucrânia, que se realizará na Alemanha, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse que este novo pacote de ajuda inclui diferentes tipos de munições, porque é “o que a Ucrânia mais precisa”.

“O governo ainda não decidiu se enviará mísseis de cruzeiro Taurus”, acrescentou o ministro, em declarações ao jornal Bild.

Há vários meses que as autoridades ucranianas têm vindo a pedir à Alemanha a entrega de mísseis de cruzeiro Taurus, considerados necessários para resistir ao exército russo na sua invasão.

“Vamos fornecer munições adicionais: munições explosivas, morteiros, foguetes antiminas”, explicou Boris Pistorius.

Este novo pacote de ajuda incluirá também veículos blindados e sistemas de desminagem, bem como geradores elétricos para preparar o inverno, acrescentou o ministro.

Em relação aos mísseis Taurus, Boris Pistorius sublinhou que “o dever de todo o Governo federal é pesar com muito cuidado cada entrega de armas”, pelo que “devem ser esclarecidos os vários aspetos políticos, jurídicos, militares e técnicos”.

Até agora, Berlim tem adiado as respostas ao pedido de Kiev, temendo também que os mísseis pudessem atingir o território russo e agravar o conflito.

Durante a visita da ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, a Kiev, há uma semana, o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, mostrou-se irritado com a hesitação alemã.

“É apenas uma questão de tempo. E não entendo por que estamos a perder tempo”, disse o chefe da diplomacia ucraniana, acreditando que a Alemanha acabaria por dar luz verde.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, também tem enfrentado pressão política interna, incluindo na sua coligação, para concordar com a entrega destes mísseis.