“Vamos garantir que a UE impõe proibições à entrada dos responsáveis pela repressão brutal e congele os seus bens na UE”, afirmou Annalena Baerbock, citada pelo jornal Bild.

A governante vincou que aqueles que “espancam mulheres e meninas na rua […] e as sentenciam até à morte, estão do lado errado da história”.

Pelo menos dois membros da Basijis, a milícia paramilitar leal ao regime iraniano, foram mortos em confrontos recentes entre forças de segurança e manifestantes que protestavam contra a morte de Mahsa Amini e pediam liberdade.

Desde que os protestos pela morte de Mahsa Amini começaram, em 16 de setembro, pelo menos 12 membros das forças de segurança morreram em confrontos com manifestantes, refere a imprensa oficial.

O Irão registou no sábado à noite duros confrontos em várias cidades do país, incluindo Teerão, onde os protestos se espalharam desde o sul do Grande Bazar até a praça Tajrish, no norte.

O Curdistão iraniano, região de origem de Amini, também foi palco de fortes confrontos e pelo menos um civil foi morto a tiro, uma morte que a polícia atribuiu a “forças contrarrevolucionárias”.

Mahsa Amini, de 22 anos, morreu em 16 de setembro depois de sido detida durante três dias pela chamada polícia moral em Teerão, por alegadamente, ter usado o véu islâmico de forma errada.

A sua morte provocou protestos que se têm multiplicado e se transformaram em grandes mobilizações, com mulheres a queimar véus, apesar das fortes repressões das forças de segurança.

Na quinta-feira, legisladores da União Europeia aprovaram uma resolução, através da qual são pedidas sanções contra os responsáveis pela morte de Amini.