De acordo com uma nota enviada às redações, a autarquia aprovou hoje, em reunião do executivo municipal, “o concurso para a contratação de refeições escolares, no valor de 2,5 milhões de euros, para os alunos” do 5.º ao 12.º ano com os votos favoráveis do PS, BE, PSD e CDS-PP e a abstenção do PCP.
Salientando que “são mais 36 mil crianças e jovens abrangidos”, o gabinete do vereador da Educação, Manuel Grilo (BE), destaca que a medida contrasta com o que “acontece nas escolas” sob tutela do Estado, em que os alunos “do escalão B pagam 50% do valor da refeição”.
“Para colocar em prática este investimento, a equipa de projeto para a Qualidade da Alimentação Escolar garantirá a contratação do fornecimento destas refeições nas próximas semanas”, explica a autarquia, acrescentando que esta “equipa criada pelo pelouro da Educação e dos Direitos Sociais já introduziu várias melhorias no sistema de refeições escolares do 1.º ciclo”, designadamente o fim do uso de plástico descartável e a confeção local e diária.
A Câmara de Lisboa ainda não assumiu a responsabilidade pelas escolas dos 2.º e 3.º ciclos e secundário, mas estima que a partir de setembro já terá as competências relacionadas com a alimentação dos alunos, disse à Lusa fonte do gabinete do vereador do BE, partido que tem um acordo de governação do concelho com o PS.
“Em Lisboa, para responder à crise, nenhum aluno carenciado pagará a sua refeição. Reduzindo as desigualdades, a escola pública cumpre o seu projeto”, destaca ainda o comunicado.
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