“É desta maneira que funciona, que funciona há muito tempo, que funciona bem e que dá resposta a todas as pessoas”, disse à Lusa a presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar, Ana Escoval.

E acrescentou: “As equipas procuram sempre dar o seu melhor. Quando há uma transferência ou transporte pelo INEM é sempre em condições de máxima segurança. É importante que a população saiba isto, não podemos contribuir para alarmes sociais”.

Ana Escoval comentava à Lusa as declarações de hoje, também à Lusa, do presidente da secção regional do Sul da Ordem dos Médicos, Alexandre Lourenço, segundo o qual o encerramento de salas de parto na Maternidade Alfredo da Costa está a levar à transferência de grávidas a meio de trabalho de parto para outras maternidades.

Segundo o responsável está a assistir-se a uma “falência completa do Centro Hospitalar Lisboa Central”.

Questionada pela Lusa, Ana Escoval explicou que a Maternidade Alfredo da Costa não recebe todos os dias o mesmo número de partos mas, se houver um grande número, pode haver transferências, o que acontece de resto com os outros hospitais também.

Se for necessário, “para garantir a qualidade e a segurança da mulher, as equipas solicitam ao INEM que a leve para outras maternidades”, disse, explicando que é normal e que criar alarme social com a situação é mau, especialmente com mulheres grávidas, que precisam de tranquilidade e de saber que a maternidade para onde se vai dirigir “a vai receber em segurança”.

Ana Escoval explicou também que na Alfredo da Costa, ou noutros locais, só em “casos muito excecionais” se pede ajuda a outros hospitais, e disse que as equipas desta área são das que mais interagem e cooperam. “Há espírito de entreajuda para todas as situações”, disse.

A presidente disse que a Alfredo da Costa está com as camas quase cheias, mas que tal também acontece com outros hospitais, o que “não impede” que se procure “dar às pessoas o máximo de segurança e evitar qualquer tipo de transferência”.

E quanto à “falência” negou que ela exista e disse que, mesmo em período de férias, se procura um mínimo aceitável de equipas médicas, reiterando que não é justo que se faça “alarme social” com uma situação que é normal e sempre existiu.